São Paulo, quinta-feira, 28 de agosto de 2008

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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON - mzafalon@folhasp.com.br

PESO MENOR
Os preços dos produtos agropecuários, que vinham mantendo pressão no atacado, perderam força e despencaram neste mês. Com isso, o IGP-M registrou a primeira deflação desde abril de 2006, segundo pesquisa da Fundação Getulio Vargas.

DO CAMPO À MESA
Essa queda de preços mostrada agora pelos índices de inflação no atacado foi sentida, inicialmente, pelo produtores, que viram o valor de suas mercadorias cair nas últimas semanas. Segundo o IGP-M, a queda média dos produtos agropecuários foi de 4,81% no atacado neste mês, puxada por soja e milho, que tiveram recuos de 13,3% e 11,5%, respectivamente.

QUEDAS E ALTAS
Mas se as principais commodities exportáveis do Brasil têm queda de preços, o mesmo não acontece com outros produtos essenciais à mesa dos consumidores, como arroz e feijão. Esses produtos recomeçaram uma tendência de alta nesta semana.

LEILÃO PRESSIONA
Todo o arroz colocado em leilão ontem pelo governo foi vendido. Os preços variaram de R$ 32,44 a R$ 33 por saca. Com isso, os produtores, que já vinham segurando o produto, passaram a exigir ainda mais pela saca do cereal. Em Uruguaiana (RS), houve negócios a até R$ 35 por saca, segundo um corretor local. Na média, os negócios estiveram a R$ 34.

OFERTA MENOR
O feijão também subiu ontem nas lavouras do país. A saca do tipo carioquinha chegou a ser comercializada a R$ 180 em algumas praças. Na média, o valor do produto ficou em R$ 177,50. A dificuldade em se encontrar feijão de boa qualidade provocou o aumento, que atinge 9% em relação ao final da semana passada.

MAIS QUEDAS
O IGP-M pode continuar mostrando recuo na primeira pesquisa de setembro dos preços agrícolas no atacado. Dados do Instituto de Economia Agrícola, da secretaria paulista de Agricultura, divulgados ontem, indicam que soja e milho mantêm queda no campo, acumulando 14% e 11%, respectivamente, nas últimas quatro semanas.

ACIMA DO PREVISTO
A safra de algodão da Índia, segundo produtor mundial, está melhor do que se esperava. Chuvas regulares devem elevar a safra, que começa em outubro, para 5,4 milhões de toneladas, segundo a Bloomberg. A produção mundial será de 24,05 milhões de toneladas e o consumo, com a queda da demanda na China, o maior usuário, fica em 25,7 milhões.


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