São Paulo, quinta-feira, 28 de agosto de 2008

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Anac abre consulta sobre tarifa para Europa e EUA

Sindicato diz que setor irá quebrar com liberdade tarifária

JANAINA LAGE
DA SUCURSAL DO RIO

A diretoria da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) aprovou o início da consulta pública para a liberalização de tarifas para a Europa e os Estados Unidos. A partir de 1º de setembro, as empresas já terão liberdade total na fixação dos preços dos bilhetes de vôos para a América do Sul.
Segundo Ronaldo Seroa da Motta, diretor da agência, dentro de 12 a 18 meses as tarifas para qualquer destino internacional serão livres. O impacto para o consumidor, no entanto, dependerá também do cenário externo, especialmente do preço do petróleo. O combustível representa de 30% a 40% dos custos das companhias aéreas.
"Você está dando liberdade tarifária, mas a gente não pode obrigar ninguém a mexer em tarifas. Com essa crise do petróleo, os preços tendem a subir. Queremos que a empresa mais competente, que consegue oferecer um preço menor, tenha um espaço no mercado."
O presidente do Snea (Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias), José Márcio Mol- lo, disse que a liberdade total de tarifas em vôos internacionais vai resultar em uma "quebradeira de empresas brasileiras". Segundo ele, as principais companhias nacionais, TAM e Gol, não têm condições de competir com empresas do porte da American Airlines, que tem mais de 900 aviões. "É óbvio que as grandes companhias estrangeiras têm estrutura suficiente para jogar para baixo os preços e, com isso, as empresas brasileiras vão quebrar."
Segundo Motta, até o fim do ano entrará em vigor a política de céus abertos para a América do Sul, embora ainda existam resistências pontuais de alguns países. Nesse caso, o sindicato das empresas não critica. "Isso já estava previsto desde a década de 1990. Temos condições de competir com as companhias da região", disse Mollo.


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