em São Paulo

Continua o impasse entre o governo federal e a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) para que se faça a renovação do acordo emergencial do setor automotivo. Novos contatos por telefone foram feitos ontem, mas ainda não houve consenso entre as partes.
O presidente da Anfavea, José Carlos Pinheiro Neto, chegou a dizer à tarde que o acordo sairia ontem. A entidade havia acabado de enviar uma nova proposta ao governo e aguardava resposta.
Às 19h, a entidade anunciou que a solução só deve sair na segunda-feira. Pinheiro Neto não quis antecipar os detalhes da proposta enviada ontem.
A dificuldade para bater o martelo, de acordo com ele, era a questão preço.
Sindicalistas que estiveram na entidade ontem disseram que o ponto polêmico da questão era o fato de as montadoras se recusarem a manter os empregos por 90 dias, conforme quer o governo.
A questão emprego é a principal justificativa para o governo renovar o acordo.
Segundo o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, as montadoras querem acertar no acordo que os termos negociados na data-base em novembro só sejam válidos a partir do mês seguinte.
Em novembro, os metalúrgicos ainda estariam protegidos pelo compromisso de manutenção de emprego, situação desconfortável para as montadoras negociarem salário.


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