da Reportagem Local

O mercado futuro de juros registrou ontem recuo na taxa pelo terceiro dia consecutivo. Na semana que vem, o Copom (Comitê de Política Monetária) decide se muda os juros de mercado.
A taxa para setembro (contratos com vencimento em outubro) projetava juros anuais de 20,15% -os menores do ano para o mês.
Os juros de mercado estão em 19,5% ao ano. O juro pago nos contratos da BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros) costuma ser maior, pois carrega uma dose de risco (o governo sempre pode mudar a taxa no meio do caminho).
Não só os juros para setembro recuaram. Os de outubro estão em 21,86%. Em agosto, chegaram a 25,61%.
Na próxima quarta-feira, o Copom -formado por diretores do BC- se reúne em Brasília e decide se aumenta, corta ou deixa a taxa de juros do jeito que está.
Como os índices inflacionários divulgados recentemente estão em tendência de baixa e como não é esperada uma nova alteração nos juros dos EUA, cresceu a percepção no mercado de um novo recuo na taxa brasileira.
Os juros de mercado passariam a 19,25% ou a 19% ao ano.
A Bolsa de Valores de São Paulo registrou alta de 0,46% ontem. Na semana, a Bovespa registrou quatro dias de elevação. Foi a melhor semana para os negócios desde a registrada entre os dias 12 e 16 de julho.
Em relação a sexta-feira da semana passada, a Bovespa apresentou valorização acumulada de 3,97%.
Havia espaço para uma alta maior ontem. A Bovespa vem refletindo as oscilações do dólar. Quanto mais a moeda sobe, mais as ações são ajustadas de acordo com a cotação do dólar.
Como o dólar comercial fechou em alta de 1,15% ontem, a expectativa era de um desempenho melhor em Bolsa.
Mas o discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Alan Greenspan, mais uma vez focalizando o suposto exagero no valor das ações do país, derrubou a Bolsa de Valores de Nova York (fechou em queda de 0,97%) e conturbou o mercado acionário brasileiro.
(MARCELO DIEGO)


Texto Anterior: Varejo: Disputas judiciais afetam caso Mappin
Próximo Texto: Supermercados reduzem preços em 0,2%
Índice