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VAREJO
Empresas propõem arrendar lojas
Disputas judiciais afetam caso Mappin
CÉLIA DE GOUVÊA FRANCO
DAVID FRIEDLANDER
da Reportagem Local
O maior caso de falência dos últimos anos, da lojas de departamento Mappin, está se iniciando
com uma série de divergências
entre o juiz encarregado da questão, Luiz Beethoven Giffoni Ferreira, e a promotora que acompanha o processo, Deborah Pierri.
Como resultado, o processo poderá se atrasar, afetando também
as negociações para que as lojas
que eram ocupadas pelo Mappin
sejam arrendadas por outras empresas do varejo.
Ontem, foram apresentadas ao
juiz quatro propostas referentes a
esses pontos comerciais, uma delas de um consórcio do qual faz
parte a Previ, o fundo de pensão
do Banco do Brasil. A Previ é um
grande investidor em shopping
centers, inclusive no shopping
Morumbi, onde o Mappin ocupava uma das maiores lojas.
No mais recente lance judicial
do caso, a promotora encaminhou ao Tribunal de Justiça de
São Paulo um documento (exceção de suspeição, como é conhecido tecnicamente), pedindo a
substituição do juiz. Um dos argumentos dela é de que o processo não deveria mesmo ter ficado
com Ferreira e sim com o juiz auxiliar da 18ª Vara de São Paulo.
Pelos critérios do Fórum, Ferreira, que é juiz titular, se encarregaria dos processos cujo número de
registro é par -o número do processo do Mappin é ímpar.
A promotora também discorda
da decisão do juiz de manter os
termos do acordo feito com o grupo Pão de Açúcar, antes da decretação de falência do Mappin. O
Pão de Açúcar arrendou as duas
principais lojas do Mappin -na
praça Ramos de Azevedo e no
bairro do Itaim. Deborah Pierri já
pediu em caráter de urgência a
anulação do acordo, alegando
que o Pão de Açúcar deveria pagar pelo uso dos pontos comerciais à massa falida.
Como se esperava, as Lojas
Americanas e o grupo Renner
formalizaram ontem suas propostas de arrendamento de lojas
que eram ocupadas pelo Mappin.
Outra empresa, de Osasco, que
foi franqueada do Mappin, a Tagliassachi, fez uma oferta por uma
única loja, a de Sorocaba. A quarta proposta era de um consórcio
formado pelos fundos de pensão
dos funcionários do Banco do
Brasil e da Sabesp e pelas empresas Construbase e Taquari. A Previ tinha R$ 1,7 bilhão aplicado em
imóveis, no final de 98.
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