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Evento reúne bilionários em NY para doações
DA ENVIADA A NOVA YORK
"Antes de o vulcão entrar
em erupção, há uma pressão
maior e maior dentro dele",
diz Tom Lovejoy, presidente
do Heinz Center, um dos
mais importantes centros de
pesquisa em economia e ambiente independentes do
mundo, que participou do
Clinton Global Initiative
(CGI), realizado em Nova
York. "As empresas perceberam o risco que estão correndo e que, se continuarem
sendo conservadoras e fazendo os negócios como antigamente, vão perder cada
vez mais dinheiro."
É por isso que dezenas de
megaempresários, líderes
globais, políticos e artistas
gastaram muitas de suas preciosas horas no Sheraton
New York para ouvir sobre
projetos de sustentabilidade
nos recantos mais remotos
do mundo. Mais do que isso,
também abriram suas carteiras com uma generosidade
simultânea pouco vista.
Apenas um dos apoiadores, o banco britânico Standard Chartered Pledge, fez
uma parceria na qual doará
entre US$ 8 bilhões e US$ 10
bilhões, em cinco anos, para
serem investidos em projetos de energia sustentável.
Também estavam lá doadores "menores", mas não
menos famosos. Larry Page e
Sergei Brin, os fundadores
do Google, uniram-se a um
fundo que é na verdade um
concurso de criatividade:
doará US$ 300 milhões para
o projeto mais eficiente de
redução de gás carbônico.
Page, ao lado do ex-presidente Bill Clinton, foi aplaudido
e aplaudiu a cantora Shakira,
outra doadora de US$ 30 milhões para alfabetização de
crianças na América Latina.
No dia anterior, a atriz Angelina Jolie circulou entre
jornalistas, depois de anunciar a captação de US$ 148
milhões para projetos de
educação em áreas em conflito -e muitos deles perguntavam quando ela visitaria seus países.
Do evento participam políticos como o ex-premiê britânico Tony Blair e o presidente do Afeganistão, Hamid
Karzai, e megaempresários
como o magnata da mídia
Rupert Murdoch e o mexicano Carlos Slim Helú, considerado o homem mais rico
do mundo -que se abraçou
ao presidente Néstor Kirchner (Argentina), ontem.
A intenção declarada pelo
GCI, ao unir tantos poderosos doadores e avalistas, é
apoiar financeiramente
ações de sustentabilidade
nas áreas de saúde, educação,
energia e mudanças climáticas e redução da pobreza. Do
Brasil, foram apresentados
dois projetos: o de reflorestamento da mata atlântica, do
Instituto Coca-Cola, e o Bolsa Floresta, do governo do
Estado do Amazonas. No total, até ontem, havia 42 parcerias e 391 projetos candidatos a receberem apoio.
(CB)
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