|
Texto Anterior | Índice
FINANÇAS
Integrantes do governo divergem sobre taxações planejadas, diz imprensa
Alemães devem rever pacote fiscal
DA REDAÇÃO
O ministro das Finanças da Alemanha, Hans Eichel, está planejando adiar o plano do governo de
taxar os ganhos de capital em todas as vendas de ações feitas por
investidores privados.
A informação foi publicada pela
revista "Focus", em sua edição
que chegou às bancas no sábado.
Segundo o jornal alemão "The
Berliner Zeitung", há outros pontos do recém-anunciado pacote
fiscal do país que poderão ser alterados, devido a divergências internas na equipe de Gerhard
Schroeder, recentemente reeleito
como primeiro-ministro da Alemanha.
O governo alemão anunciou no
início deste mês que iria cobrar -
e ampliar- os impostos cobrados sobre o lucro obtido por investidores privados com o capital
investido em ações, independentemente do tempo em que os papéis estejam em poder dessas pessoas ou instituições.
Pelo atual sistema do país, não
há nenhuma taxação sobre os lucros obtidos com a venda de
ações, desde que elas estejam em
poder de seus proprietários por
um período superior a um ano.
A nova legislação está prevista
para entrar em vigor a partir do
dia 1º de janeiro do ano que vem.
De acordo com a revista "Focus", o ministro Eichel já considera manter o atual sistema de isenção de taxação por, pelo menos,
mais um ano. Logo, aqueles investidores privados que compraram ações há 12 meses ou mais
poderão vendê-las e embolsar os
ganhos, se eles existirem, sem ter
de pagar imposto sobre os lucros.
Um porta-voz do ministro das
Finanças se recusou a comentar a
reportagem da revista. Ele afirmou apenas que um projeto de lei
sobre o assunto será apresentado
no próximo dia 20 de novembro.
O jornal alemão "The Berliner
Zeitung" informou, também em
sua edição de sábado, que são
grandes as divergências dentro da
equipe econômica sobre o pacote
fiscal anunciado pelo governo. O
texto afirma que grande parte das
medidas deverá de ser reformulada.
As mudanças incluirão novas
propostas sobre as taxações para
montadoras e empresas de energia -haveria uma forte divergências dentro do governo sobre a
isenção da taxação para as companhias desse setor. Faz parte das
propostas de Schroeder o fim,
gradual, da isenção para o setor
de energia a partir de janeiro.
Os Estados que compõem a Alemanha precisam de 10 bilhões
para evitar uma crise financeira,
de acordo com estimativas.
Alguns deles cogitam reintroduzir impostos sobre propriedades e heranças, em maio de 2003.
Mas vários Estados ainda resistem resistem à idéia.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Europa: Alemanha cresce só 1,4% após unificação Índice
|