São Paulo, segunda-feira, 28 de outubro de 2002

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FINANÇAS

Integrantes do governo divergem sobre taxações planejadas, diz imprensa

Alemães devem rever pacote fiscal

DA REDAÇÃO

O ministro das Finanças da Alemanha, Hans Eichel, está planejando adiar o plano do governo de taxar os ganhos de capital em todas as vendas de ações feitas por investidores privados.
A informação foi publicada pela revista "Focus", em sua edição que chegou às bancas no sábado.
Segundo o jornal alemão "The Berliner Zeitung", há outros pontos do recém-anunciado pacote fiscal do país que poderão ser alterados, devido a divergências internas na equipe de Gerhard Schroeder, recentemente reeleito como primeiro-ministro da Alemanha.
O governo alemão anunciou no início deste mês que iria cobrar - e ampliar- os impostos cobrados sobre o lucro obtido por investidores privados com o capital investido em ações, independentemente do tempo em que os papéis estejam em poder dessas pessoas ou instituições.
Pelo atual sistema do país, não há nenhuma taxação sobre os lucros obtidos com a venda de ações, desde que elas estejam em poder de seus proprietários por um período superior a um ano.
A nova legislação está prevista para entrar em vigor a partir do dia 1º de janeiro do ano que vem.
De acordo com a revista "Focus", o ministro Eichel já considera manter o atual sistema de isenção de taxação por, pelo menos, mais um ano. Logo, aqueles investidores privados que compraram ações há 12 meses ou mais poderão vendê-las e embolsar os ganhos, se eles existirem, sem ter de pagar imposto sobre os lucros.
Um porta-voz do ministro das Finanças se recusou a comentar a reportagem da revista. Ele afirmou apenas que um projeto de lei sobre o assunto será apresentado no próximo dia 20 de novembro.
O jornal alemão "The Berliner Zeitung" informou, também em sua edição de sábado, que são grandes as divergências dentro da equipe econômica sobre o pacote fiscal anunciado pelo governo. O texto afirma que grande parte das medidas deverá de ser reformulada.
As mudanças incluirão novas propostas sobre as taxações para montadoras e empresas de energia -haveria uma forte divergências dentro do governo sobre a isenção da taxação para as companhias desse setor. Faz parte das propostas de Schroeder o fim, gradual, da isenção para o setor de energia a partir de janeiro.
Os Estados que compõem a Alemanha precisam de 10 bilhões para evitar uma crise financeira, de acordo com estimativas.
Alguns deles cogitam reintroduzir impostos sobre propriedades e heranças, em maio de 2003. Mas vários Estados ainda resistem resistem à idéia.


Com agências internacionais

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