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TRABALHO
Reajuste pedido é de 15,7%
Pessoal administrativo faz greve em montadora
DA REPORTAGEM LOCAL
Pela primeira vez em uma campanha salarial, os trabalhadores
de áreas administrativas das
montadoras -os mensalistas-
decidiram fazer greve por tempo
indeterminado em parte das fábricas do ABC.
A paralisação iniciada ontem
em quatro fabricantes de veículos,
segundo informou o Sindicato
dos Metalúrgicos do ABC (CUT),
ocorreu em protesto à oferta salarial das montadoras de conceder
reajuste único de R$ 659,40 para
os empregados que ganham mais
de R$ 4.200. O Sinfavea (sindicato
que reúne as montadoras) propôs
pagar reajuste de 15,7% -para
repor a inflação medida pelo
INPC entre novembro de 2003 e
setembro deste ano -para quem
está abaixo dessa faixa.
Nos cálculos do sindicato, entre
80% e 85% dos 42,5 mil empregados das montadoras ganham menos de R$ 4.200. Pela proposta do
Sinfavea, se o mensalista tem salário de R$ 5.000, ele receberá R$
5.659,40 -se o reajuste fosse de
15,7%, o salário seria de R$ 5.785.
No caso de quem recebe R$ 8.000,
com o reajuste de 15,7%, o salário
seria de R$ 9.256.
De acordo com o sindicato, a
paralisação de ontem atingiu
2.800 dos 3.000 mensalistas da
Volks. Na Mercedes-Benz, onde
trabalham 2.500 mensalistas, 150
empregados do setor de logística,
qualidade e planejamento optaram pela greve. Na Scania, 200
dos 700 pararam a partir das 12h
de ontem. Na Ford, 80% dos 900
mensalistas ficaram parados durante uma hora e meia.
As montadoras não confirmaram os números e informaram
que os protestos foram parciais e
não afetaram a produção.
Os metalúrgicos fazem assembléia hoje para decidir se aceitam
a proposta das montadoras.
Em São Paulo, na base da Força
Sindical, 20 mil trabalhadores de
55 fábricas pararam ontem, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo. (CR)
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