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São Paulo, terça-feira, 28 de outubro de 2003

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TRABALHO

Reajuste pedido é de 15,7%

Pessoal administrativo faz greve em montadora

DA REPORTAGEM LOCAL

Pela primeira vez em uma campanha salarial, os trabalhadores de áreas administrativas das montadoras -os mensalistas- decidiram fazer greve por tempo indeterminado em parte das fábricas do ABC.
A paralisação iniciada ontem em quatro fabricantes de veículos, segundo informou o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (CUT), ocorreu em protesto à oferta salarial das montadoras de conceder reajuste único de R$ 659,40 para os empregados que ganham mais de R$ 4.200. O Sinfavea (sindicato que reúne as montadoras) propôs pagar reajuste de 15,7% -para repor a inflação medida pelo INPC entre novembro de 2003 e setembro deste ano -para quem está abaixo dessa faixa.
Nos cálculos do sindicato, entre 80% e 85% dos 42,5 mil empregados das montadoras ganham menos de R$ 4.200. Pela proposta do Sinfavea, se o mensalista tem salário de R$ 5.000, ele receberá R$ 5.659,40 -se o reajuste fosse de 15,7%, o salário seria de R$ 5.785. No caso de quem recebe R$ 8.000, com o reajuste de 15,7%, o salário seria de R$ 9.256.
De acordo com o sindicato, a paralisação de ontem atingiu 2.800 dos 3.000 mensalistas da Volks. Na Mercedes-Benz, onde trabalham 2.500 mensalistas, 150 empregados do setor de logística, qualidade e planejamento optaram pela greve. Na Scania, 200 dos 700 pararam a partir das 12h de ontem. Na Ford, 80% dos 900 mensalistas ficaram parados durante uma hora e meia.
As montadoras não confirmaram os números e informaram que os protestos foram parciais e não afetaram a produção.
Os metalúrgicos fazem assembléia hoje para decidir se aceitam a proposta das montadoras.
Em São Paulo, na base da Força Sindical, 20 mil trabalhadores de 55 fábricas pararam ontem, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo. (CR)


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