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Mercado Aberto
guilherme.barros@uol.com.br
Juro real de 5% em 2007 faria país economizar R$ 67 bilhões
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, tem dito que o governo traçou como uma de suas
metas, caso seja reeleito, o que
parece ser o mais provável, reduzir a taxa real de juro, hoje na
faixa de 10% ao ano, para 5%
até o final de 2007, o que significa uma Selic abaixo de 10%.
Com base nessa hipótese, o
economista Bráulio Borges, da
LCA Consultores, calculou os
efeitos sobre as finanças públicas. Se isso acontecesse, o Brasil iria simplesmente economizar, em 2007, R$ 67 bilhões (3%
do PIB) em pagamento de juros, uma bolada que daria para
cobrir o déficit previsto de R$
41 bilhões do INSS e ainda sobrariam recursos para outras
finalidades, como ampliar o investimento público ou aumentar o superávit primário.
De acordo com a simulação
da LCA, o total de encargos de
juros da dívida cairia dos atuais
7,5% do PIB projetados para este ano para 4,5% do PIB em
2007. Assim, o déficit nominal
do ano que vem seria de apenas
0,25% do PIB, muito próximo
do tão falado déficit nominal
zero.
Mantendo essas mesmas hipóteses para o período 2008-2010, a carga de juros nominais
sobre a dívida cairia para 2,7%
do PIB em 2010, e a relação entre a dívida pública e o PIB, que
deve fechar este ano em 50,2%,
reduziria-se para 37%. Esse alívio nas contas públicas permitiria uma redução de carga tributária dos 38% do PIB atuais
para 33% em 2010.
Para essa simulação, a LCA
levou em conta as seguintes
premissas para 2007: superávit
primário de 4,25% do PIB, corte da Selic de 0,75 ponto percentual na primeira reunião do
Copom e cortes de 0,50 ponto
nas outras sete reuniões, crescimento do PIB de 3,5%, inflação pelo IPCA de 4,5% e de 5%
pelo IGP-DI, reconhecimento
de "esqueletos" de 0,4% do PIB
e taxa de câmbio de R$ 2,40 por
dólar no final do ano.
Borges considera essa hipótese viável, mas faz a ressalva,
no entanto, de que não é o cenário de maior probabilidade
da LCA. A projeção da consultoria é que a Selic feche 2007
em 11,75% ao ano, com viés de
baixa, podendo chegar a 11%.
Arquitetos cariocas abrem filial em SP
Depois de 30 anos desde
seu nascimento, o escritório
de arquitetura carioca STA,
fundado pelo ex-prefeito do
Rio Luiz Paulo Conde, abre
seu primeiro escritório em
São Paulo. A idéia é ficar
mais próximo dos clientes
da capital paulista, de Brasília e da região Sul. "Nossa
meta é que, no primeiro ano,
20% do movimento total do
escritório venha da unidade
de São Paulo", diz Marcelo
Conde, filho do ex-prefeito
carioca, que dirige a STA ao
lado de Marcos Moraes. O
endereço paulistano, segundo Conde, pode significar
também uma proximidade
com duas construtoras parceiras, Cyrela e Rossi.
CASINHA
A RJZ/Cyrela vai inaugurar, nesta semana, no Rio, o
maior show-room de vendas do mercado imobiliário da
América Latina. O espaço vai ocupar uma área de 4.500 m2 e
poderá abrigar até 30 apartamentos decorados. O show-room,
que recebeu investimentos de cerca de R$ 12 milhões, será posteriormente destruído para dar lugar ao empreendimento da
empresa na Península, na Barra da Tijuca. Segundo Rogério
Zylbersztajn, vice-presidente da empresa, "será como uma Casa Cor". A RJZ/Cyrela, investe mais R$ 10 milhões nos estandes de outros dois empreendimentos na Barra.
EM EBULIÇÃO
O setor de telefonia está
agitado. Além das negociações entre a Telefônica e a
TVA, há outras em curso. Os
rumores são que a Goldman
Sachs estaria assessorando a
Telmex (leia-se Carlos Slim)
para a compra de uma grande telefônica. Pelo visto, as
teles apostam em mudanças
na Lei Geral de Telecomunicações, que hoje impede fusões entre elas.
RESULTADO
A Varig já teve retorno da
agressiva ação de marketing
que adotou nos aeroportos
de Congonhas (SP) e no Santos Dumont (RJ). O número
de passageiros dos vôos domésticos da empresa que
partem de Congonhas subiu
22% de 1º a 22 deste mês sobre setembro.
COMPRA POR METRO
O shopping Iguatemi, de
São Paulo, tem o metro quadrado para locação mais caro da América Latina:
1.493 por ano, ou o equivalente a R$ 4.041. Ele ocupa a
10ª posição no continente
americano e a 26ª no mundo. Os dados são da pesquisa
da filial londrina da empresa
de serviços imobiliários
Cushman & Wakefield. O
estudo analisou os aluguéis
pagos nos 233 principais
centros de compras em 47
países. As quatro primeiras
colocações brasileiras são
ocupadas por shoppings: o
Pátio Higienópolis, também
na capital paulista, e o Rio
Sul, no Rio, estão empatados
em segundo lugar, com o
metro quadrado a 1.279
por ano, seguidos pelo Morumbi, cujo valor é de
1.024.
EM BAIXA
Depois de um primeiro semestre positivo, o último trimestre registrou o mais baixo nível de vendas já apurado pelas lojas paulistanas de
autopeças e acessórios nos
últimos anos. Em setembro,
o faturamento real do grupo
registrou queda de 24,9%
sobre 2005. Entre os fatores
que colaboram para deprimir as vendas, está a maciça
oferta de produtos de origem chinesa. Os dados fazem parte de pesquisa conjuntural do varejo e serão divulgados na segunda-feira
pela Fecomercio SP.
REPETECO
O presidente Lula vai
acompanhar a votação do
segundo turno amanhã no
Hotel Intercontinental, em
São Paulo, repetindo o
exemplo de 2002. Seu primeiro pronunciamento está
previsto para às 20h.
CONSTRUÇÃO
O Banco do Brasil alterou
as condições contratuais para sua linha para material de
construção. A partir desta
semana, o prazo máximo para contratação passa de 36
para 48 meses.
OLHOS NOS OLHOS
As duas máquinas de auto-atendimento do Bradesco, que testam a biometria
como senha de acesso às
transações financeiras, registraram mais de 15 mil
transações em menos de
três meses. Nesse período,
1.027 clientes se cadastraram para utilizar o novo sistema. A biometria é uma tecnologia usada como senha
de identificação por meio da
íris dos olhos, face, ou veias
da palma da mão.
TEST-LOUÇA
Para fomentar sua venda
de lava-louças, a Brastemp
se apoderou de um conceito
utilizado pelo mercado
automobilístico: o test-drive. Até dezembro, o consumidor que adquirir uma lava-louças da Brastemp poderá levar para casa o equipamento, avaliá-lo e testá-lo
durante 30 dias. Após a experiência, o consumidor decide se compra ou se devolve
o produto, sem pagar nada
por isso.
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