São Paulo, quarta-feira, 28 de novembro de 2001

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Governo tem como cumprir meta de inflação para 2002, diz Malan

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro Pedro Malan (Fazenda) disse que o governo tem hoje todas as condições para alcançar a meta de inflação de 2002. Segundo ele, a discussão sobre os novos reajustes das tarifas de energia elétrica não interferem nessa avaliação.
"As perguntas sobre os reajustes de tarifas devem ser dirigidas ao ministro Pedro Parente ["ministério do apagão'"", disse.
Em 2002, a meta de inflação é de 3,5%, admitido um desvio de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Como o próprio Malan lembrou ontem, a meta deste ano -de até 6%- não será alcançada. Portanto alguns analistas acreditam que o governo faça os reajustes neste ano para não pressionar a inflação de 2002.
Apesar de demonstrar confiança no nível de inflação no ano que vem, Malan acabou reconhecendo que ainda é "prematuro" avaliar se o índice atingirá os 3,5% ou não. "Temos muito chão pela frente ainda", disse.
Ele explicou que em 2001 a meta de inflação sofreu os efeitos de cinco choques: crise de energia, incertezas relacionadas à sucessão presidencial (de 2002), desaceleração do crescimento mundial, crise da Argentina e os ataques a Nova York. Alguns desses choques ainda poderiam ter efeitos ao longo do ano que vem.
Malan afirmou que não há preocupação no governo sobre a possibilidade de o país ter de fazer uma consulta à direção do Fundo Monetário Internacional no final do ano. Isso acontecerá se a inflação ultrapassar 7,8%.
De acordo com as pesquisas de mercado do Banco Central, a inflação prevista para 2001 é de 7,18%. Para 2002, a previsão é de 5,1%.
Malan disse, em audiência no Senado, que pelo menos 24 dos 53 artigos do projeto de lei do Código de Defesa do Contribuinte contêm dispositivos que podem resultar em litígios judiciais por serem muito "genéricos".


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