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Governo tem como cumprir meta
de inflação para 2002, diz Malan
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro Pedro Malan (Fazenda) disse que o governo tem
hoje todas as condições para alcançar a meta de inflação de 2002.
Segundo ele, a discussão sobre os
novos reajustes das tarifas de
energia elétrica não interferem
nessa avaliação.
"As perguntas sobre os reajustes de tarifas devem ser dirigidas
ao ministro Pedro Parente ["ministério do apagão'"", disse.
Em 2002, a meta de inflação é de
3,5%, admitido um desvio de dois
pontos percentuais para cima ou
para baixo. Como o próprio Malan lembrou ontem, a meta deste
ano -de até 6%- não será alcançada. Portanto alguns analistas acreditam que o governo faça
os reajustes neste ano para não
pressionar a inflação de 2002.
Apesar de demonstrar confiança no nível de inflação no ano que
vem, Malan acabou reconhecendo que ainda é "prematuro" avaliar se o índice atingirá os 3,5% ou
não. "Temos muito chão pela
frente ainda", disse.
Ele explicou que em 2001 a meta
de inflação sofreu os efeitos de
cinco choques: crise de energia,
incertezas relacionadas à sucessão
presidencial (de 2002), desaceleração do crescimento mundial,
crise da Argentina e os ataques a
Nova York. Alguns desses choques ainda poderiam ter efeitos
ao longo do ano que vem.
Malan afirmou que não há
preocupação no governo sobre a
possibilidade de o país ter de fazer
uma consulta à direção do Fundo
Monetário Internacional no final
do ano. Isso acontecerá se a inflação ultrapassar 7,8%.
De acordo com as pesquisas de
mercado do Banco Central, a inflação prevista para 2001 é de
7,18%. Para 2002, a previsão é de
5,1%.
Malan disse, em audiência no
Senado, que pelo menos 24 dos 53
artigos do projeto de lei do Código de Defesa do Contribuinte
contêm dispositivos que podem
resultar em litígios judiciais por
serem muito "genéricos".
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