|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ESPETÁCULO EM XEQUE
Taxa de desemprego sobe e renda real cai neste ano
Governo Lula registra piora no rendimento e no emprego
DA SUCURSAL DO RIO
DA REPORTAGEM LOCAL
A renda dos trabalhadores caiu
e o desemprego subiu nos dez primeiros meses do governo Lula, de
acordo com o IBGE (Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística) e a Fundação Seade/Dieese.
Quando Luiz Inácio Lula da Silva assumiu a presidência, em 1º
de janeiro, o desemprego no país
estava em 10,5% (taxa de dezembro, medida pelo IBGE). No mês
passado, estava em 12,9%.
Pela pesquisa do IBGE, o rendimento médio real dos trabalhadores caiu de R$ 940,29 em dezembro de 2002 para R$ 831,10 em
outubro deste ano -uma retração de 11,61%.
Os dados da Fundação Seade/
Dieese mostram uma fotografia
semelhante. Nos dez primeiros
meses do governo Lula, a taxa de
desemprego passou de 18,5% (índice de dezembro de 2002) para
20,4% (taxa do mês passado). Em
números absolutos, significa que
na região metropolitana de São
Paulo o total de desempregados
passou de 1,798 milhão para 2,019
milhões no período,
As informações são referentes a
38 municípios pesquisados. Os
dados são levantados mensalmente na PED (Pesquisa Emprego e Desemprego).
Por essa pesquisa, o rendimento
dos ocupados caiu 3,28% no governo Lula. Em dezembro de
2002, a renda média era de R$ 946.
Caiu para R$ 915 no mês passado.
"O aumento no número de desempregados é resultado da forte
retração da economia neste ano",
diz o economista Fábio Silveira,
da consultoria F Silveira.
A alta da inflação, a elevação dos
juros e a instabilidade na taxa de
câmbio desde o último trimestre
de 2002 foram responsáveis, segundo ele, pelo fraco desempenho da atividade econômica.
"Basta ver que, neste ano, a previsão é que o PIB [Produto Interno Bruto] cresça 0,5%, enquanto,
no ano passado, o crescimento foi
de 1,8%", diz.
Na avaliação do coordenador
do Dieese, Sérgio Mendonça, o
desemprego está crescendo em
ritmo mais acelerado neste ano
do que em 2002. "É preciso ressaltar também que as medidas que
podem ter impacto positivo no
mercado de trabalho [como a redução da taxa de juros] só vão ser
absorvidas a partir do segundo
trimestre de 2004", diz.
Texto Anterior: Desemprego tem leve recuo em SP Próximo Texto: Até tu Índice
|