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Equipe econômica "está fazendo milagre" para finalizar pacote, afirma Mantega
Sergio Lima/Folha Imagem
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Guido Mantega, ministro da Fazenda, após reunião com Lula para tratar do pacote econômico |
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Depois de ter sido criticado
pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva por apresentar medidas "tímidas", incapazes de garantir um crescimento de 5%
em 2007, o ministro Guido
Mantega (Fazenda), disse ontem que a equipe econômica
"está fazendo um milagre" agora, ao tratar questões complexas num curto espaço de tempo. O presidente quer anunciar
o pacote até o fim do ano.
"Estamos trabalhando a todo
o vapor, estamos analisando cada questão com todo o cuidado
necessário, de modo que ao final tenhamos um programa
coerente, que melhore e não
prejudique. São matérias complexas, então acho que já estamos fazendo milagre, porque
nós estamos avançando de forma bastante satisfatória com
todos esses programas", avaliou o ministro, após reunião
com o presidente, ontem, para
discutir as medidas de estímulo
ao crescimento.
Apesar de figurar na lista de
especialistas com uma das
principais medidas para um segundo mandato do presidente
Lula, a reforma da Previdência
Social não está entre as medidas que estão sendo discutidas
pela equipe econômica.
Segundo Mantega, a única
coisa já definida pelo governo
na área previdenciária são medidas para melhorar a gestão.
"Nós pretendemos ouvir toda a sociedade brasileira, desde
o setor produtivo até os beneficiários. Essa será uma discussão aprofundada [sobre uma
eventual reforma da Previdência], feita às claras, e nós não temos uma posição em relação a
isso", explicou o ministro.
Mantega disse que ontem o
presidente Lula avaliou a proposta de ampliação do sistema
de nota fiscal e escrituração
contábil eletrônica e também
mudanças na legislação para
acelerar a cobrança da dívida de
R$ 500 bilhões que as empresas e as pessoas físicas acumulam com a União.
Pelo cronograma do ministro, a nota fiscal eletrônica estaria implementada em todo o
país até 2009.
O sistema elimina toda a contabilidade em papel e reúne todas as operações feitas pelas
empresas num único banco de
dados que é acessado pelas fazendas federal, estadual e municipal. Além de reduzir custos
para as empresas, o sistema
também permite melhorar a
fiscalização.
No caso da dívida que a União
tem que cobrar, a proposta do
governo é reduzir o prazo
transferindo algumas etapas do
processo que hoje são feitas judicialmente para o âmbito administrativo. O ministro não
quis detalhar a proposta, mas
afirmou que o prazo de inscrição na dívida ativa pode cair
dos atuais cinco anos para dois
anos e meio. Será preciso aprovar um projeto de lei para viabilizar as alterações.
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