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Fábricas pedem à polícia apreensão de relógios falsos
DA REPORTAGEM LOCAL
O tamanho do comércio de
produtos ilegais no Brasil leva
empresas a agir de forma cada
vez mais severa no combate à
falsificação e ao contrabando.
Representantes de fabricantes suíços de relógios foram à
polícia pedir a apreensão de cópias de seus produtos no shopping 25 de Março, localizado na
região central de São Paulo,
após mapear os principais pontos-de-venda de relógios falsos
ou importados de forma ilegal.
A ação aconteceu na última
sexta-feira, das 12h30 às 15h.
Foram apreendidos cerca de 50
sacos, com cerca de 10 mil relógios, segundo Gerson Kerr, advogado contratado pelas indústrias suíças para ajudar no combate ao comércio de produtos
falsificados e contrabandeados.
Participaram da apreensão
seis policiais e dez agentes particulares, segundo Kerr, que
trabalha para as marcas Rolex,
Gucci, Bulgari, Rado, Franck
Mueller, Longines, Omega, Tag
Hauer, Swatch, Zenith e Girard
Terregaux. "As empresas optaram por realizar a ação diretamente com a polícia."
Kerr informa que o Brasil deve importar, neste ano, cerca de
R$ 12,6 milhões em relógios,
124,5% mais do que no ano passado (R$ 5,6 milhões). Esse número seria maior, não fosse tão
forte o comércio ilegal.
Estima-se que entram no
Brasil anualmente no mínimo
40 milhões de relógios falsificados -desde um Swatch de R$ 5
até um Rolex de R$ 500. Todos
são produzidos na China.
A Federação Relojoeira Suíça, segundo Kerr, entende que
as falsificações acabam se apropriando do marketing e do design dos produtos.
"É um roubo com menor risco e menos punição do que o
tráfico de drogas, de armas, de
pessoas, dos delitos financeiros
e econômicos, extorsão, roubo
de mercadorias e seqüestros,
tornando-se uma atividade
atrativa ao crime organizado",
informa a federação.
Para a federação, as falsificações também se mostram interessantes do ponto de vista de
punibilidade, "tendo em vista a
fragilidade da legislação sobre
propriedade intelectual em
muitos países".
(FF)
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