Assembléia de acionistas da empresa está adiada por prazo indeterminado

ELVIRA LOBATO
DA SUCURSAL DO RIO

A assembléia de acionistas da Telemar que votará a proposta de reestruturação societária da empresa está adiada por prazo indeterminado. A pedido da Telemar, a desembargadora Valéria Maron, da 1ª Câmara Cível, suspendeu a convocação da assembléia até que a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) se manifeste na ação movida pela administradora de recursos Polo Capital, que se opõe ao cálculo de conversão de ações proposta pelos acionistas controladores.
Na quinta-feira, a desembargadora havia proibido os acionistas da Telemar detentores de ações ordinárias e preferenciais de votarem na assembléia, que estava agendada para ontem.
No entanto, na sexta-feira à noite, os advogados da Telemar recorreram da decisão, e a desembargadora cancelou a convocação da assembléia.
O presidente da empresa, Luiz Eduardo Falco, disse que a liminar que proibia os controladores de votarem com suas ações preferenciais contraria decisão anterior da CVM, que já havia autorizado o voto.
""Até agora, temos seguido todas as orientações da CVM. Parece que o Judiciário continua com algumas dívidas, e precisa saná-las." Segundo Falco, a Telemar não cogita desistir do processo.
Ontem à tarde, a CVM foi notificada pela desembargadora para se pronunciar no processo. A reestruturação societária da Telemar propõe a conversão de todas as ações preferenciais (sem direito a voto) da companhia em ações ordinárias, com direito a voto.
O ponto da discórdia é a relação de troca proposta: cada ação ordinária corresponderá a 2,66 ações preferenciais. Dois fundos de investimentos estrangeiros, mais a Polo Capital, estão contra, por considerarem que a proporção prejudica os acionistas preferenciais.


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