São Paulo, terça-feira, 28 de novembro de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Negociação na OMC para retomar Doha deve ficar para 2007

Previsão é que encontro para liberalização do comércio ocorra junto com Fórum Econômico Mundial, em janeiro

União Européia propõe reunião ainda neste ano, mas americanos são contra; analistas alertam para esgotamento do prazo


DA REDAÇÃO

O encontro de ministros de países-membros da OMC (Organização Mundial do Comércio) para a tentativa conjunta de reanimar as negociações sobre comércio internacional deve ficar para o início do ano que vem, apesar da proposta da União Européia de realizar reunião para destravar a Rodada de Doha ainda neste ano.
Segundo fontes da OMC, o encontro só deve acontecer em janeiro, em paralelo ao Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. Brasil, Estados Unidos, UE, Japão, Austrália e Índia estão entre os países que devem estar presentes na reunião, além do diretor-geral da OMC, Pascal Lamy.
A Rodada Doha de liberalização do comércio foi lançada em 2001 e deveria ter sido concluída em 2004. O plano era cortar tarifas em uma larga gama de bens e serviços, considerando as demandas dos países mais pobres pelo fim dos subsídios agrícolas e de tarifas altamente restritivas à importação.
Os EUA têm sofrido duras críticas pela recusa em baixar a ajuda governamental a produtores locais. Washington, porém, culpa a UE, por não realizar cortes maiores nas tarifas, e as nações em desenvolvimento, por não reduzir barreiras à entrada de bens industriais. Já a UE culpa os americanos por não dar o primeiro passo.
Segundo analistas, os países devem se esforçar para conseguir algum progresso até março, quando legisladores debaterão o novo acordo agrícola e o prolongamento do "fast track" -autoridade do presidente George W. Bush de negociar acordos de comércio sem interferência do Congresso. Eles temem que o mecanismo não seja renovado com a vitória de protecionistas democratas nas eleições legislativas nos EUA.

Dumping
A OMC divulgou ontem queda de 17% no número de investigações abertas por dumping -venda de produto no exterior a preço inferior ao seu valor no mercado interno- no primeiro semestre e aumento de 29% no de medidas de proteção adotadas pelos países que se sentiram prejudicados, em relação ao mesmo período de 2005.


Com agências internacionais

Texto Anterior: Outro lado: Siderúrgica diz exigir que lei seja cumprida
Próximo Texto: Justiça quer ouvir a CVM sobre conversão de ações da Telemar
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.