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Negociação na OMC para retomar Doha deve ficar para 2007
Previsão é que encontro para liberalização do comércio ocorra junto com Fórum Econômico Mundial, em janeiro
União Européia propõe reunião ainda neste ano, mas americanos são contra;
analistas alertam para esgotamento do prazo
DA REDAÇÃO
O encontro de ministros de
países-membros da OMC (Organização Mundial do Comércio) para a tentativa conjunta
de reanimar as negociações sobre comércio internacional deve ficar para o início do ano que
vem, apesar da proposta da
União Européia de realizar reunião para destravar a Rodada
de Doha ainda neste ano.
Segundo fontes da OMC, o
encontro só deve acontecer em
janeiro, em paralelo ao Fórum
Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. Brasil, Estados
Unidos, UE, Japão, Austrália e
Índia estão entre os países que
devem estar presentes na reunião, além do diretor-geral da
OMC, Pascal Lamy.
A Rodada Doha de liberalização do comércio foi lançada em
2001 e deveria ter sido concluída em 2004. O plano era cortar
tarifas em uma larga gama de
bens e serviços, considerando
as demandas dos países mais
pobres pelo fim dos subsídios
agrícolas e de tarifas altamente
restritivas à importação.
Os EUA têm sofrido duras
críticas pela recusa em baixar a
ajuda governamental a produtores locais. Washington, porém, culpa a UE, por não realizar cortes maiores nas tarifas, e
as nações em desenvolvimento,
por não reduzir barreiras à entrada de bens industriais. Já a
UE culpa os americanos por
não dar o primeiro passo.
Segundo analistas, os países
devem se esforçar para conseguir algum progresso até março, quando legisladores debaterão o novo acordo agrícola e o
prolongamento do "fast track"
-autoridade do presidente
George W. Bush de negociar
acordos de comércio sem interferência do Congresso. Eles temem que o mecanismo não seja
renovado com a vitória de protecionistas democratas nas
eleições legislativas nos EUA.
Dumping
A OMC divulgou ontem queda de 17% no número de investigações abertas por dumping
-venda de produto no exterior
a preço inferior ao seu valor no
mercado interno- no primeiro
semestre e aumento de 29% no
de medidas de proteção adotadas pelos países que se sentiram prejudicados, em relação
ao mesmo período de 2005.
Com agências internacionais
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