|
Próximo Texto | Índice
Mercado Aberto
guilherme.barros@uol.com.br
BC ameaça congelar e confunde mercado
O Banco Central assustou
ontem o mercado ao ameaçar
congelar as tarifas bancárias. A
informação havia sido dada pelo diretor de Normas do BC,
Alexandre Tombini, durante
audiência na Comissão de Defesa do Consumidor. Mais tarde, o BC tratou de desmentir a
notícia. O que estaria sendo estudado era a fixação de uma periodicidade para o reajuste das
tarifas bancárias.
O fato é que a declaração de
Tombini confundiu o mercado.
Considerado o último reduto liberal do governo, o BC é tido
como a maior garantia hoje de
manutenção de uma política
econômica conservadora. A
afirmação de Tombini gerou
um princípio de desconfiança
do mercado em relação à condução da economia.
A hipótese de adoção de medidas como congelamento ou
tabelamento significa um retrocesso após um longo período de estabilidade econômica.
O Brasil já viu esse filme antes
várias vezes.
"Afinal, quem garante que o
pãozinho também não seria
congelado?", pergunta o ex-presidente do Banco Central
Gustavo Loyola. "A idéia de definir uma periodicidade para as
tarifas é um pouco melhor, mas
não o ideal."
A ameaça de congelar ou tabelar as tarifas pode gerar um
aumento imediato dos preços
desses serviços. Os bancos vão
querer que suas tarifas estejam
no topo quando o Banco Central decidir intervir nessa área.
Erivelto Rodrigues, presidente da Austin Rating, não
acredita que uma medida como
essa, de congelamento ou tabelamento das tarifas, seja adotada pelo Banco Central. Seria
um atraso muito grande e os
bancos, a seu ver, ainda poderiam partir para uma retaliação, por meio da limitação do
crédito, um dos grandes motores do crescimento.
O que ele acha mais provável
é que o Conselho Monetário
Nacional limite a quantidade
de tarifas e exija mais transparência por parte dos bancos na
cobrança desses serviços.
Líder de órgão de inteligência dos EUA vem ao Brasil
O líder do grupo de pesquisas IMS (Intelligent
Maintainece Systems), da
Fundação de Ciências Nacional dos EUA, o cientista
Jay Lee, está no Brasil para
oficializar a criação do Centro de Manutenção Inteligente no país, durante o ISA
Show 2007, que acontece
até amanhã em São Paulo.
A idéia é que o centro brasileiro seja espelhado no
modelo americano e atue a
partir da integração entre
empresa e escola para diagnose avançada de falhas em
equipamentos e processos.
"Muitas companhias parceiras do IMS, como GM,
Ford, Toyota e Boeing, têm
operações no Brasil e se interessam em explorar parcerias com interesses estratégicos", diz Lee. "As empresas
brasileiras também estão interessadas nas tecnologias e
ferramentas tecnológicas de
manutenção e diagnóstico
pois ajudará bastante a melhorar sua produtividade."
No Brasil, as atividades
são coordenadas pela Universidade Federal do Rio
Grande do Sul e pelo Senai e
estão em fase de testes.
VISUAL
A embalagem de um produto é importantíssima na
construção da imagem de uma marca (veja quadro). A
afirmação é uma das conclusões da pesquisa "Diagnóstico
da Gestão de Embalagens nas Empresas Brasileiras", que
o Núcleo de Estudos de Embalagem da ESPM apresenta
no dia 11, no Fórum Nacional de Gestão da Embalagem. A
pesquisa, desenvolvida pela GFK Indicator, apresenta
itens como desenvolvimento para tecnologia e inovação e
peso da embalagem no preço final dos produtos.
ENGENHARIA
A indústria de transformação permanece como
principal empregadora de
engenheiros no Estado de
São Paulo, representando
41,7% da categoria, seguida
do setor de serviços, com
28,2%, e de construção civil
(11,3%). Cerca de 60% desses profissionais atuam em
estabelecimentos com mais
de 250 trabalhadores, sendo
que nas empresas privadas
estão 80% da mão-de-obra.
Os dados são de estudo do
Dieese, com o Seesp (sindicato de engenheiros). A análise será apresentada hoje.
COMBUSTÍVEL
O engenheiro Homero
Lopez, que desenvolveu o
Hidrol - mistura de óleo
combustível com microbolhas de água em condições
especiais, que resulta em
processo mais econômico e
menos poluente-, fechou o
primeiro contrato comercial
do produto. O acordo foi assinado com a Paraibuna Metais para a queima de 12 fornos para a produção de óxido de zinco. Um projeto piloto também está em teste
na Votorantim Metais.
VERDE
O engenheiro Nelson Kawakami acaba de assumir a
diretoria executiva da ONG
Green Building Council Brasil. A expectativa é que, até
2010, haja mais de 300 empreendimentos registrados
para obtenção do selo Leed,
do qual o GBC Brasil é o representante no país para
atestar a construção de
Green Buildings.
ÍNTIMA
A Hope Lingerie anuncia
plano de expansão de franquias para fechar 2007 com
novas lojas em SP, nos shoppings Paulista e Anália Franco, e em João Pessoa (PB),
totalizando nove unidades.
Hoje a Hope tem sete lojas.
Até 2010, pretende ter 40.
PARCERIA
A Hanesbrands, uma das
maiores têxteis do mundo,
anuncia parceria com a Walt
Disney Company. A aliança
foi fechada por um período
de dez anos e engloba ações
de expertise em marketing
para lançamentos de produtos.
CAFÉ DA MANHÃ
Jovens empreendedores
associados do IEE (Instituto
de Estudos Empresarias) recebem Jorge Gerdau Johannpeter, hoje, para um café da manhã, em São Paulo.
O encontro faz parte de uma
série com lideranças empresariais do país.
MUNDO AUTÊNTICO
A Editora Campus-Elsevier acaba de lançar "Autenticidade: Tudo o que os Consumidores Querem", de James H. Gilmore e B. Joseph
Pine II. No livro, os autores
prenunciam a autenticidade
como nova tendência de
mercado dos produtos e serviços. "As pessoas estão passando a ver o mundo em termos de real e falso e querem
comprar algo real de alguém
legítimo, não falso de uma
fraude", dizem.
NOS TRILHOS
O departamento de infra-estrutura da Fiesp realiza,
na próxima segunda, o seminário "Sobre Ferrovias: Em
Busca do Elo da Competitividade Logística". Entre os
temas abordados, está a
atuação da Agência Nacional
de Transportes Terrestres e
das concessionárias e as políticas tarifárias do setor ferroviário, que serão debatidas em uma mesa-redonda
moderada pelo diretor do
Deinfra/Fiesp Massimo
Giavina-Bianchi.
RECICLAGEM
De 1999 a 2005, instalaram-se 495 novas gráficas
no Estado de São Paulo
-crescimento de 9,14% no
número de novos estabelecimentos. A conclusão é de
pesquisa da Abigraf (associação da indústria gráfica).
A capital registrou tendência oposta, com redução de
5% no número de empresas,
resultado de desativação ou
transferência de 135 gráficas, ou cerca de 19 por ano,
para cidades vizinhas ou para o interior do Estado.
com ISABELLE MOREIRA LIMA e JOANA CUNHA
Próximo Texto: Governo restringirá alta de tarifa bancária Índice
|