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Empresa atrasa pagamentos, afirma Tasso
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O senador Tasso Jereissati
(PSDB-CE) afirmou ontem
no plenário do Senado ter informações de que fornecedores da Petrobras "não estão
sendo pagos". Ele também
insistiu em um pedido de esclarecimentos à empresa.
O tucano fez aparte ao discurso do senador Eduardo
Suplicy (PT-SP), que justificava a operação de empréstimo da Caixa à Petrobras.
"Dois fornecedores que estão com seus pagamentos
atrasados confirmam que
existem atrasos de pagamento, em geral, aos fornecedores da Petrobras. Garanto-lhe", disse Tasso a Suplicy.
"Isso me foi dito por pessoas
sérias, algumas das quais pode ser que Vossa Excelência
conheça também."
Suplicy concordou que o
presidente da Petrobras tem
de prestar esclarecimentos.
No entanto, negou que haja
corte a fornecedores.
"O presidente José Sergio
Gabrielli me assegurou que a
Petrobras não está atrasando
pagamentos de fornecedores. Se há um ou outro caso,
então vou esclarecer, e inclusive esse nosso diálogo será
objeto, obviamente, do conhecimento" do Gabrielli.
O presidente do PSDB,
Sérgio Guerra (PE), também
pediu a palavra: "O que foi dito aqui é que a Petrobras está
com graves problemas de
caixa. Um exame rápido do
balanço feito pelo senador
Tasso já demonstra isso. A
curto prazo há muito mais a
pagar do que a receber. Então, há uma falta de caixa que
tem de ser financiada".
Questionado sobre as afirmações de Jereissati, o diretor financeiro da Petrobras,
Almir Barbassa, negou que
atraso de pagamentos. "Se alguém me indicar um só fornecedor da Petrobras cujo
pagamento está atrasado,
um apenas, eu gostaria de conhecer. Eu desconheço completamente, um que seja",
disse Barbassa.
A CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) aprovou ontem também o requerimento para audiência com
o presidente da Petrobras,
José Sergio Gabrielli. Como
foi convidado e não convocado, ele vai escolher uma data
para o encontro.
Também foram convidados para a audiência o presidente do Banco Central,
Henrique Meirelles, a presidente da Caixa Econômica
Federal, Maria Fernanda Ramos, e o presidente do Banco
do Brasil, Antônio Francisco
de Lima Neto.
Presidente da CAE, o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) afirmou que irá tentar
marcar uma data para audiência na semana que vem.
Ele também defendeu os empréstimos feito pela empresa
junto aos bancos estatais.
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