DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Sem coesão entre os próprios aliados, os governistas ensaiaram ontem desistir da idéia de iniciar neste ano a votação do projeto de reforma tributária no plenário da Câmara dos Deputados -e já se admite explicitamente que será impossível concluir a aprovação até o próximo mês.
A defesa do adiamento da reforma foi assumida pelo presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), que, nas últimas três semanas de seu mandato, quer aprovar uma emenda constitucional com limites à edição de MPs -objetivo ameaçado pela obstrução dos partidos oposicionistas.
"A base do governo ainda não demonstrou força suficiente para superar a obstrução e votar. Ficar em manobras regimentais não me parece ser a melhor maneira de aproveitar o tempo que temos", disse Chinaglia, após uma reunião dos líderes partidários pela manhã.
Na reunião, o relator da reforma, Sandro Mabel (PR-GO), avaliou que a votação da reforma na Câmara só poderá ser concluída em 2009.


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