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Desemprego na Alemanha recua, apesar de recessão
Espanha anuncia plano de 11 bilhões para estimular economia e gerar trabalho
Número de desempregados na Alemanha chegou ao menor nível em 16 anos, mas a expectativa é que cresça nos próximos meses
DA REDAÇÃO
A Alemanha disse que, apesar da crise que levou a principal economia européia à recessão, o número de pessoas desempregadas atingiu o menor
nível desde 1992, porém alertou que esse número deverá
crescer nos próximos meses. Já
a Espanha, que conta com a
maior taxa de desemprego dentre os 27 países da União Européia, anunciou um plano bilionário para estimular a economia e gerar mais trabalho.
Na França, um dos principais
índices de emprego mostrou
que o número de pessoas sem
trabalho ultrapassou no mês
passado a barreira simbólica de
2 milhões. Em outubro, 2,005
milhões estavam desempregados, 2,4% a mais que no mês anterior. A economia francesa, a
terceira maior da Europa, conseguiu evitar a recessão no terceiro trimestre, graças ao consumo interno, que, porém, já dá
sinais de que perdeu a força.
A taxa de desemprego na Alemanha recuou de 7,2%, em outubro, para 7,1%, com 2,988 milhões de pessoas sendo consideradas sem trabalho -o menor nível desde novembro de
1992. Mas economistas e a própria agência de estatísticas oficial do país afirmam que esse
cenário de queda no desemprego não deve ser mantido.
"O mercado de trabalho ainda está estável" afirmou Frank-Jürgen Weise, chefe da agência
de trabalho do governo, mas
"há sinais crescentes de que a
queda da economia logo vai alcançá-lo". De acordo com a
agência oficial de estatísticas,
"a experiência mostra que geralmente levam vários meses
para que as mudanças de tendência no desenvolvimento
econômico geral sejam sentidas no mercado de trabalho".
Para Timo Klein, economista
da IHS Global Insight, a expectativa é que a taxa de desemprego fique igual ou comece a crescer no mês que vem, com várias
companhias anunciando nos
últimos dias cortes de vagas.
Espanha
Na Espanha, o governo anunciou um programa de investimento de 11 bilhões (cerca de
1,1% do PIB do país) em obras
públicas e infra-estrutura, visando criar 300 mil postos de
trabalho em 2009. O pacote faz
parte do plano de 200 bilhões
anunciado anteontem pela Comissão Européia. A Alemanha
já anunciou pacote de 50 bilhões, e a França deve divulgar
o seu na semana que vem.
A taxa de desemprego da Espanha, de 11,3%, é a maior da
UE e 800 mil pessoas perderam o seu trabalho neste ano.
São 2,8 milhões de desempregados. A economia do país se
contraiu em 0,2% no terceiro
trimestre, encerrando 15 anos
de crescimento contínuo.
Com agências internacionais
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