São Paulo, sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice Vaivém das commodities MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@grupofolha.com.br NOVA CRISE Em reunião realizada no Vietnã, a IFA (associação internacional das indústrias de fertilizantes) recomenda que os governos não deixem de lado os programas de abastecimento de alimentos devido à atual baixa nos preços das commodities e à crise financeira. Uma nova crise de alimentos pode surgir. DOIS MOTIVOS Em documento que analisa a demanda de fertilizantes a curto prazo, a indústria destaca dois pontos. Devido à falta de crédito e à redução dos preços das commodities, muitos produtores pisaram no freio e reduziram a utilização de fertilizantes. ESTOQUES BAIXOS Com isso, o menor uso de insumos compromete a produtividade da próxima safra, o que torna ainda mais grave a oferta de alimentos, tendo em vista que os estoques mundiais são os menores da história. Ou seja, os preços podem disparar de novo. RESPOSTA AO PREÇO A oferta de arroz, motivo de distúrbios sociais neste ano, caminha para uma safra recorde e para a alta dos estoques mundiais. Isso ocorre devido a uma resposta dos produtores, que aumentaram a área de plantio devido aos preços recordes do produto no início do ano. QUANTO PRODUZ A produção global de arroz deve ficar em 434,4 milhões de toneladas na safra 2008/9. A oferta total de produto, incluindo os estoques, sobe para 513 milhões, acima do volume da safra anterior, mas ainda 6% inferior ao da safra 2001/2. FORTE QUEDA Os preços do arroz, após aceleração de novembro do ano passado a maio último, caíram acentuadamente no mercado internacional. Na Ásia, região de grande produção e consumo, o produto já recua 40% desde maio. A queda se deve à remoção de barreiras às exportações, à elevação de safra, ao dólar forte e ao impacto da crise financeira. DE OLHO NO BRASIL A Indonésia quer importar carne bovina brasileira. Atualmente dependente de poucos fornecedores, o país quer aumentar o leque de fornecedores. A expectativa dos indonésios, segundo a imprensa do país, é montar uma via de duas mãos: compram carne e trazem outras commodities que produzem, entre elas, o óleo de palma. PRESSÃO MENOR A Fundação Getulio Vargas chegou a registrar alta de 40% nos preços acumulados em 12 meses no índice por atacado de produtos de origem agrícola. A pressão atual desse item é bem menor na inflação, com o acumulado de janeiro a novembro recuando para apenas 4,2%. Texto Anterior: Supersimples: Receita faz alerta contra fraudadores Próximo Texto: Jirau não deve começar a operar em 2012, diz Aneel Índice

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