São Paulo, quarta-feira, 28 de dezembro de 2005

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CRISE NO AR

Assembléias definem futuro da Varig no dia 5

DA REPORTAGEM LOCAL

A Fundação Ruben Berta, dona da Varig, convocou ontem o seu colégio deliberante para três assembléias extraordinárias, que acontecerão no próximo dia 5 de janeiro. Os membros do colégio avaliarão três temas: o plano de recuperação da empresa, o destino das subsidiárias VarigLog e VEM e a transferência do controle da FRB para a companhia Docas.
No próximo dia 8, acaba a blindagem da Varig, em recuperação judicial. Qualquer decisão do conselho de curadores da FRB tem que passar pelo crivo do colégio deliberante, que é formado por 140 funcionários. Esses se manifestam via assembléia, que é convocada pelos curadores.
Parte do colégio já se manifestou, em documento divulgado na semana passada, contrária à transferência do controle da FRB para a Docas, do empresário Nelson Tanure. Se mantido, o que é o mais provável de acontecer, esse posicionamento praticamente coloca Tanure fora do jogo.
Os curadores também se posicionarão sobre a VarigLog (transporte de cargas) e a VEM (engenharia e manutenção). A Varig pediu prazo até o dia 29 deste mês para se posicionar em relação à sua escolha do comprador das duas subsidiárias.
Depois de ter iniciado transações com a companhia aérea portuguesa TAP, a Varig colocou as duas subsidiárias em leilão.
Durante o período de leilão, duas propostas foram apresentadas. A aérea escolheu uma proposta da Docas, e a TAP deveria escolher cobrir ou não a oferta, mas não considerou a proposta feita por Tanure válida.
No caso do plano de recuperação para a empresa, que foi aprovado em assembléia de credores na semana passada, foram feitas algumas alterações que também serão submetidas ao colégio.
Ontem, a Varig anunciou que hoje pagará US$ 6,7 milhões aos arrendatários de seus aviões, segundo o que acertou com a Justiça americana. Nos próximos dias, a empresa deverá pagar mais US$ 8 milhões. A expectativa é que, com isso, os salários dos funcionários e o reajuste salarial de 6% que foi acertado ontem em convenção coletiva não sejam pagos.


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