São Paulo, quinta-feira, 28 de dezembro de 2006

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Oposição diz que insistirá no valor de R$ 420

DA FOLHA ONLINE, EM BRASÍLIA

A oposição reagiu ontem ao comentário do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que seria "demagogia" do Congresso reajustar o mínimo além dos R$ 380 acertados. No que depender do PFL e do PSDB, o presidente terá que usar a caneta para vetar um possível reajuste acima desse valor. Os dois partidos vão insistir num mínimo próximo dos R$ 420.
O líder do PFL na Câmara, deputado Rodrigo Maia (RJ), disse que o presidente desrespeita o Congresso ao tentar impor sua vontade. "Cabe ao Congresso tomar a decisão sobre o mínimo e certamente vamos trabalhar para dar o maior valor possível. Ele [Lula] que cuide dos mensaleiros dele", afirmou.
Segundo Maia, o objetivo é chegar aos R$ 420 -valor defendido inicialmente pelas centrais sindicais.
O vice-presidente do PSDB, senador Álvaro Dias (PR), disse que demagogia é elevar o valor do Bolsa Família e o número de beneficiados em ano eleitoral.
Mesmo com a promessa de aumento do mínimo e correção da tabela do Imposto de Renda, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ouviu ontem de sindicalistas que as marchas a Brasília seguirão.
Segundo eles, as marchas serão por outros motivos, como educação e redução da jornada de trabalho.
"Que vocês façam quantas marchas vocês quiserem fazer, mas que a gente nunca perca de vista que depois de cada marcha nós temos que dar um resultado para ela. E o resultado não é fazer uma outra marcha no ano que vem, é resolver o problema de cada marcha numa mesa de negociação", disse Lula.


Colaborou a Sucursal de Brasília

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