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Cursos abordam de negócios a culinária
da Reportagem Local
A Universidade Anhembi Morumbi está oferecendo para 99 um
curso superior de animação em rádio e TV, shows e espetáculos. Outro de gastronomia. E um terceiro,
de organização e gestão de eventos
de negócios.
Já a Universidade Estácio de Sá,
do Rio, mantém cursos (não de nível universitário) de cabeleireiro,
maquiagem e iluminação para TV.
E cursos de extensão sobre sistemas de qualidade.
No Centro Universitário da Cidade (antiga Faculdade da Cidade), também no Rio, é possível cursar a especialidade edição de vídeo
sem ter de ir até o campus. Ou fazer
um curso de extensão em perícia
ambiental. Esses são exemplos da
crescente agilidade das universidades em criar cursos conforme
identificam nichos de mercado.
Ao ser autorizada a se transformar em universidade, uma escola
ganha autonomia para abrir as faculdades que desejar (com algumas poucas exceções) e muitas
universidades têm se aproveitado
disso para instituir cursos diferenciados, que podem atrair mais interessados do que os tradicionais.
Essa autonomia também é concedida aos centros universitários,
um novo tipo de escola de ensino
superior criado recentemente pelo
Ministério da Educação e do Desporto. Os centros são dispensados
de investir em pesquisa, como devem fazer as universidades.
Consultores na área de educação
confirmam que os cursos de extensão e de especialização são mais
rentáveis do que os de graduação.
Como os alunos desses cursos em
geral estão trabalhando, a taxa de
inadimplência é menor e com frequência as próprias empresas bancam uma parte dos custos para
seus funcionários.
A Universidade de Guarulhos,
em São Paulo, aposta, por exemplo, em cursos de extensão acadêmica como o de direitos do consumidor ou outro a respeito do metabolismo materno e do recém-nascido ou ainda um sobre plantas
carnívoras.
Uma recente inovação aprovada
pelo ministério promete ser bastante interessante para as universidades -os cursos superiores de
formação específica, conhecidos
como cursos sequenciais, de curta
duração, de apenas dois anos. São
cursos de nível universitário, mas
não de graduação, como os criados
pela Anhembi Morumbi.
Outra alternativa é ainda criar
serviços nos campus para levar os
alunos a ficar mais tempo na universidade e mesmo atrair seus familiares, como lojas e salas de cinema e de teatro.
(CGF)
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