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MERCADO ABERTO
Osesp muda modelo de financiamento
Criada em 2005 para ajudar a
manter a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, a
Fundação Osesp começa a
acumular resultados positivos e
já planeja passos maiores.
A poucos dias de encerrar o período de assinaturas para a temporada 2006 -acaba na terça-,
ela conta com mais de 10,3 mil
adesões, alta de cerca de 14% em
relação ao ano anterior. Na temporada 2005, o crescimento havia sido inferior a 3%.
A expansão pode ser explicada
pela implantação de um novo
sistema de vendas pela internet e
pela manutenção dos preços praticados em 2005, afirma Marcelo
Lopes, trompetista liceciado da
orquestra que assumiu a direção
executiva da fundação.
Para ele, a transição para o escritório foi natural. Lopes diz que
sempre se envolveu com questões administrativas da Osesp
-ele é formado em direito e economia, com pós-graduação em
administração pública.
Embora criada em junho, a
fundação, na prática, só começou a funcionar em novembro,
quando foi assinado o contrato
de gestão da fundação com o Estado, de cinco anos. A primeira
medida foi regularizar a situação
de cerca de 300 profissionais, incluindo os músicos da orquestra,
que, até então, recebiam um salário fixo e não tinham direitos como férias e 13º salário.
O Estado repassa à fundação
R$ 43 milhões por ano para a manutenção da orquestra e da Sala
São Paulo. Em contrapartida, ela
tem uma série de metas, como
realizar ao menos 130 concertos
da Osesp por ano, preencher
60% da sala nas apresentações e
captar ao menos 12% do que o
Estado repassa, cerca de R$ 5 milhões. Lopes diz que a fundação
deve levantar o dobro já neste
ano, a maior parte de empresas
que associarão seus nomes a
uma série de concertos, em projetos da Lei Rouanet. Cerca de
R$ 7,6 milhões custeariam a temporada, e R$ 2,6 milhões, uma
turnê de 20 dias nos EUA.
O próximo passo será o lançamento, ainda em 2006, de uma
espécie de fundo de capital permanente, que será capitalizado
por um período de 10 a 15 anos.
"A partir daí, o rendimento servirá como um "colchão" para ajudar a custear a operação da
Osesp. É algo comum nas orquestras americanas. Nem sempre poderemos contar com essa
ajuda do governo", diz Lopes.
Joiás lideram exportação
No mundo das exportações,
o Brasil não é só o país do minério de ferro, da soja e do
aço. O Brasil é também o país
das jóias e das bijuterias.
Pelo segundo ano consecutivo, o setor de artefatos de
joalheria e bijuterias foi o que
mais exportou por meio do
Exporta Fácil, um sistema
criado em 1999 para incentivar pequenas e médias empresas a venderem produtos
por meio dos Correios.
As exportações de jóias e bijuterias representaram 47,2%
dos US$ 100 milhões arrecadados com esse sistema. Em
relação a 2004, as vendas do
segmento cresceram 20%.
O levantamento foi realizado a pedido da Camex (Câmara de Comércio Exterior).
Ao todo, 122 países importaram por esse mecanismo -os
maiores compradores foram
EUA, Japão e Portugal.
O limite de venda por remessa foi recém-ampliado de
US$ 10 mil para US$ 20 mil.
TURISMO COM DENDÊ
O turismo na Bahia deve crescer 8% neste verão em relação à
estação do ano passado. Em números, significa que mais de 2
milhões de pessoas visitarão o
Estado e que serão gerados mais
de US$ 350 milhões. O aumento
financeiro, em relação a 2005, será de 10%. Metade do fluxo de visitantes deve ir à Bahia só no
Carnaval, que, pelas estimativas,
movimentará US$ 175 milhões.
INTERESSE BRITÂNICO
O ministro do Comércio do Reino Unido, Ian Pearson, irá assinar
nesta semana, por ocasião de sua visita ao Brasil, um memorando de
entendimento na área energética, a fim de promover os negócios das
empresas desse setor nos dois países. O plano é facilitar a transferência de tecnologia e as transações comerciais no ramo e abrangerá
também programas de energia alternativas. A estada de Pearson incluirá a visita a sedes de companhias britânicas no país, de diferentes
setores. A visita do ministro britânico se insere em uma estratégia de
aproximação comercial do Reino Unido com mercados emergentes
-Índia e África do Sul também fazem parte da agenda de países visitados. Nesse sentido, o governo decidiu apoiar a vinda de sete missões comerciais ao Brasil neste ano, além da realização de feiras.
GIGANTESCO
A Funcef (fundo de pensão dos
funcionários da Caixa) fechou
acordo com a Rossi Residencial
para a construção de, possivelmente, o maior empreendimento no Estado de SP neste ano. O
projeto, em Santo André, prevê a
construção de 150 mil m2 de área,
sendo 1.028 apartamentos e 400
casas, além de uma área comercial. A estimativa é que o investimento chegue a R$ 300 milhões.
NOVOS PLANOS
Uma nova agência com novas propostas e serviços é o
que o publicitário Silvio Matos, 35, promete com sua Matos Grey. Criada em parceria
com a gigante mundial WPP,
além da divisão de comunicação, a agência começou a funcionar na última quinta com
uma área voltada para o "entendimento do consumidor e
do consumo de massa e dos
movimentos de segmentação" e outra para o design de
conteúdo. "Com essa proposta, a gente fica diferente das
agências mais tradicionais.
Abrimos o leque e criamos
um diferencial", diz Matos,
que deixara a presidência da
Y&R no fim de 2005. Ele tem
entre suas principais contas
as da Procter & Gamble, da
GlaxoSmithKline e da DaimlerChrysler, entre outras. "E,
no primeiro dia de trabalho,
fechamos com os cartões de
crédito do Bradesco."
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