São Paulo, terça-feira, 29 de janeiro de 2008

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Sul lidera crescimento econômico, aponta BC

Setor automotivo e produção de grãos sobem 23%

DIMITRI DO VALLE
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

A região Sul teve as melhores taxas de crescimento econômico em 2007 no país, segundo o boletim regional do Banco Central divulgado ontem, em Curitiba. O agronegócio, a expansão do crédito ao consumidor e o setor automotivo lideram o bom desempenho.
Os indicadores até novembro apontaram aumento de 23,4% na produção de grãos em comparação com 2006. A safra final deve chegar a 59,9 milhões de toneladas de grãos nos três Estados do Sul.
O aumento foi conduzido pela produção de soja (incremento de 29,4%) e milho (27,2%). A cana-de-açúcar também apresentou elevação, com aumento de 25,7% na área plantada e de 35,7% na produção.
Setores considerados "sensíveis à expansão do crédito", segundo o boletim do BC, comprovaram também um maior poder aquisitivo da população para consumir. O setor automotivo teve crescimento de 23,1% no Sul, seguido da indústria de máquinas e equipamentos, com 21,1%, e de máquinas, aparelhos e material elétrico, que alcançou 15,7%.
No setor agrícola, o Centro-Oeste ficou em segundo lugar, com uma produção de 44,1 milhões de toneladas de grãos, o que corresponde a um aumento de 10,9% sobre 2006. Já o desempenho dos Estados do Sudeste na produção de grãos teve aumento de apenas 0,7%, com 15,9 milhões de toneladas.
O destaque no Sudeste ficou com a expansão na produção de álcool. Em 2007, a região produziu 345,6 milhões de toneladas do combustível, um acréscimo de 11,7% sobre o ano anterior. A área plantada também aumentou em 11%.
No setor varejista, foi o Centro-Oeste que liderou as vendas, com crescimento de 3,3% no trimestre encerrado em outubro sobre os meses de maio a julho. O Sul ficou em segundo, com expansão de 2,6%, e o Sudeste, em terceiro, com 2,1%.
Entre 12 capitais pesquisadas, Curitiba registrou no ano passado o menor índice inflacionário: 3,48%. Foi o segundo ano consecutivo de liderança. A maior taxa, de 7,10%, foi observada em Belém. São Paulo ficou com o quarto menor indicador inflacionário (3,89%) e o Rio de Janeiro, em terceiro (3,80%).


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