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Para Cypriano, turbulência vai gerar "arranhões" à economia
DA REPORTAGEM LOCAL
Em meio às fortes turbulências que têm afetado o mercado
financeiro global e abatido os
resultados de grandes bancos
internacionais, o presidente do
Bradesco, Márcio Cypriano, se
mostrou otimista.
Mesmo com os "arranhões"
que a economia brasileira pode
vir a sentir devido à crise externa, o executivo espera que o
país alcance ainda neste ano o
esperado grau de investimento
-espécie de selo de bom pagador, dado pelas agências de
classificação de risco.
"Passamos por um período
de forte turbulência no mercado internacional. Mas o Brasil
tem resistido de forma até confortável", avalia Cypriano. "Ao
menos uma das três agências
de rating deve dar "upgrade" ao
país ainda neste ano", afirma.
A expectativa é que as principais agências internacionais
-Standard & Poor's, Fitch Ratings e Moody's- elevem o Brasil ao chamado de "investment
grade" (grau de investimento),
que é concedido aos países que
representam baixo risco de darem calote em suas dívidas. Isso representaria maior facilidade para conseguir recursos e investimentos internacionais.
"O Brasil vai sentir um arranhão [com a crise externa], mas
nada que afete o desempenho
da economia", afirmou Cypriano, que estima que o PIB (Produto Interno Bruto) possa sofrer uma redução no ritmo de
crescimento neste ano em relação a 2007, mas mantendo uma
expansão ainda elevada, em
torno de 4,5%.
Na opinião de Cypriano, "a
política de redução gradual dos
juros brasileiros vai ser adiada". "A gente sabe que os juros
não vão cair. Devem encerrar o
ano no atual patamar, de
11,25%. Acreditamos que o BC
consiga manter a inflação próxima da meta." O banco projeta
que a inflação medida pelo IPCA -Índice de Preços ao Consumidor Amplo, utilizado pelo
BC para monitorar sua meta-
fique em 4,5% em 2008, com o
câmbio em R$ 1,75.
(FV)
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