São Paulo, terça-feira, 29 de janeiro de 2008

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Para Cypriano, turbulência vai gerar "arranhões" à economia

DA REPORTAGEM LOCAL

Em meio às fortes turbulências que têm afetado o mercado financeiro global e abatido os resultados de grandes bancos internacionais, o presidente do Bradesco, Márcio Cypriano, se mostrou otimista.
Mesmo com os "arranhões" que a economia brasileira pode vir a sentir devido à crise externa, o executivo espera que o país alcance ainda neste ano o esperado grau de investimento -espécie de selo de bom pagador, dado pelas agências de classificação de risco.
"Passamos por um período de forte turbulência no mercado internacional. Mas o Brasil tem resistido de forma até confortável", avalia Cypriano. "Ao menos uma das três agências de rating deve dar "upgrade" ao país ainda neste ano", afirma.
A expectativa é que as principais agências internacionais -Standard & Poor's, Fitch Ratings e Moody's- elevem o Brasil ao chamado de "investment grade" (grau de investimento), que é concedido aos países que representam baixo risco de darem calote em suas dívidas. Isso representaria maior facilidade para conseguir recursos e investimentos internacionais.
"O Brasil vai sentir um arranhão [com a crise externa], mas nada que afete o desempenho da economia", afirmou Cypriano, que estima que o PIB (Produto Interno Bruto) possa sofrer uma redução no ritmo de crescimento neste ano em relação a 2007, mas mantendo uma expansão ainda elevada, em torno de 4,5%.
Na opinião de Cypriano, "a política de redução gradual dos juros brasileiros vai ser adiada". "A gente sabe que os juros não vão cair. Devem encerrar o ano no atual patamar, de 11,25%. Acreditamos que o BC consiga manter a inflação próxima da meta." O banco projeta que a inflação medida pelo IPCA -Índice de Preços ao Consumidor Amplo, utilizado pelo BC para monitorar sua meta- fique em 4,5% em 2008, com o câmbio em R$ 1,75. (FV)


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