São Paulo, terça-feira, 29 de janeiro de 2008

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Ibama alega razão objetiva para se opor

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Liminares concedidas pela Justiça, ações do Ministério Público e manifestações de ONGs ambientalistas com o apoio de trabalhadores sem-terra conseguiram impedir a liberação comercial de organismos geneticamente modificados em mais de dois anos, desde a regulamentação da atual Lei de Biossegurança.
Essa lei foi saudada pelo governo Lula, em 2005, como mecanismo que impediria a repetição das histórias da soja e do algodão transgênico, cujas variedades foram liberadas apenas depois de constatado o cultivo ilegal, a partir de sementes contrabandeadas, em larga escala.
O ministro Sérgio Rezende (Ciência e Tecnologia) atribui as resistências aos transgênicos no país a uma combinação de "desinformação e sentimento religioso".
O presidente do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), Bazileu Margarido, alega ter razões objetivas para se opôr à liberação de variedades de milho.
"O risco de contaminação de lavouras tradicionais seria razoável, a distância determinada entre culturas é insuficiente e a CTNBio não considerou a possibilidade de contaminação nas etapas de transporte e armazenamento", disse.
Responsável por dois dos recursos que o Conselho Nacional de Biossegurança analisa hoje, o presidente do Ibama insiste em que a liberação do milho exige mais cuidados do que a da soja.
Os dois pedidos de liberação comercial de variedades de milho que o Conselho Nacional de Biossegurança julga hoje foram apresentados pelas multinacionais Bayer e Monsanto em 1998 e 1999. (MS)


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