São Paulo, sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

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Medida vai beneficiar Cesp, Cemig e Copel

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A renovação dos contratos de concessão beneficia em especial a Cemig, a Cesp e a Copel. Companhias estaduais, sendo duas delas nas mãos do PSDB, principal adversário político do governo federal, as três vivem assombradas com a possibilidade de ter de devolver à União boa parte de seus ativos.
No caso da Cesp, uma das maiores empresas de geração do país, as usinas cujas concessões vencerão na próxima década respondem por mais de 60% de sua produção. O leilão de privatização da companhia, em março de 2008, fracassou por conta da incerteza da prorrogação das concessões, o que causou a desistência dos investidores.
Na época, a União não se interessou em garantir a renovação para não dar fôlego político ao governador José Serra, que lidera as pesquisas de intenção de voto à Presidência. O assunto ficou quase esquecido, e esperava-se que só voltaria à tona após as eleições. O governo dizia que ainda havia bastante tempo hábil para uma solução.
Mas a indefinição passou a prejudicar todo o setor, inclusive a Eletrobrás, já que quase a totalidade das usinas de suas duas principais subsidiárias, Chesf e Furnas, também vencem em 2015.
O caso da Chesf é o mais grave. A empresa tem uma capacidade de geração de energia de 10,6 mil MW -90% sujeito ao fim das concessões. A Eletrobrás também controla empresas de distribuição como a Ceron (RO), a Cepisa (PI) e a Ceal (AL), cujas concessões também irão vencer em 2015.
As indefinições com relação às concessões minam planos do governo de transformar a Eletrobrás numa "Petrobras do setor elétrico".


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