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Medida vai beneficiar Cesp, Cemig e Copel
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A renovação dos contratos
de concessão beneficia em
especial a Cemig, a Cesp e a
Copel. Companhias estaduais, sendo duas delas nas
mãos do PSDB, principal adversário político do governo
federal, as três vivem assombradas com a possibilidade
de ter de devolver à União
boa parte de seus ativos.
No caso da Cesp, uma das
maiores empresas de geração do país, as usinas cujas
concessões vencerão na próxima década respondem por
mais de 60% de sua produção. O leilão de privatização
da companhia, em março de
2008, fracassou por conta da
incerteza da prorrogação das
concessões, o que causou a
desistência dos investidores.
Na época, a União não se
interessou em garantir a renovação para não dar fôlego
político ao governador José
Serra, que lidera as pesquisas
de intenção de voto à Presidência. O assunto ficou quase esquecido, e esperava-se
que só voltaria à tona após as
eleições. O governo dizia que
ainda havia bastante tempo
hábil para uma solução.
Mas a indefinição passou a
prejudicar todo o setor, inclusive a Eletrobrás, já que
quase a totalidade das usinas
de suas duas principais subsidiárias, Chesf e Furnas,
também vencem em 2015.
O caso da Chesf é o mais
grave. A empresa tem uma
capacidade de geração de
energia de 10,6 mil MW
-90% sujeito ao fim das concessões. A Eletrobrás também controla empresas de
distribuição como a Ceron
(RO), a Cepisa (PI) e a Ceal
(AL), cujas concessões também irão vencer em 2015.
As indefinições com relação às concessões minam
planos do governo de transformar a Eletrobrás numa
"Petrobras do setor elétrico".
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