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Consumidor dos EUA tem menor confiança em 16 anos
Para secretário do Tesouro, pacote de estímulo à economia gerará 60 mil empregos
Mostrando preocupação, americanos tiveram renda 0,5% maior em fevereiro, mas mantiveram os gastos estáveis no mesmo período
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A confiança do consumidor
americano caiu ao menor nível
em 16 anos, neste mês, segundo
pesquisa divulgada ontem,
apontando a preocupação da
população com uma possível
recessão da economia dos EUA.
Em linha com as apreensões
mostradas pela medição da
Universidade de Michigan, os
gastos das famílias do país não
aumentaram em fevereiro,
apesar de o crescimento da renda do consumidor norte-americano ter ficado acima do esperado, segundo dados do Departamento do Comércio dos EUA
também divulgados ontem.
O índice de confiança do consumidor ficou em 69,5% em
março, o menor desde fevereiro
de 1992, quando alcançou
68,8%. Em fevereiro deste ano,
o índice estava em 70,8%.
Segundo a pesquisa, é "praticamente unânime entre os
consumidores que a economia
dos EUA já entrou em recessão". "A confiança do consumidor caiu em função da preocupação com a tendência de queda na economia, além do crescimento no desemprego e na
inflação no restante do ano",
avaliam os especialistas da Universidade de Michigan.
A renda pessoal cresceu 0,5%
no mês de fevereiro em relação
a janeiro, acima do 0,3% registrado no primeiro mês do ano,
na mesma comparação.
Apesar do aumento na renda,
os consumidores parecem estar guardando mais dinheiro do
que gastam, já que o índice de
compras do consumidor (PCE)
cresceu 0,1% e, descontada a
inflação, ficou estável.
Segundo economistas, esse
freio no consumo deve continuar. "O consumo real está praticamente estável nos últimos
três meses e, com a redução da
confiança, do mercado de trabalho e do preço das casas, há
pouca chance de qualquer recuperação dos gastos", disse a
consultoria Capital Economics,
de Londres.
Para o secretário do Tesouro
dos EUA, Henry Paulson, o pacote de estímulo à economia de
US$ 168 bilhões, lançado pelo
presidente George W. Bush em
fevereiro e focado em redução
de impostos por meio de cheques, vai ajudar a contornar a
crise. "Esses cheques devem
ser um grande estímulo à criação de 50 mil a 60 mil empregos
que deve ocorrer neste ano",
disse ele em uma entrevista.
Com agências internacionais
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