São Paulo, segunda-feira, 29 de março de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Semana curta trará dado sobre emprego americano

No Brasil, mercado aguarda índice e relatório de inflação

PAULA NUNES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Um dos dados mais aguardados na semana, sobre o desempenho do mercado de trabalho americano em março, sairá na sexta-feira, feriado no Brasil, nos Estados Unidos e nos demais países de tradição cristã.
Os dados são compostos pela taxa de desemprego, número de postos de trabalho gerados no período, ganho por hora trabalhada e média da carga horária do trabalhador.
A expectativa do mercado é de resultado positivo na criação de vagas no mês de março, estimado em mais de 180 mil novos postos de trabalho. O otimismo advém, principalmente, do fato de que as atividades industrial e de serviços demonstram estar aquecidas em território norte-americano.
Se os resultados vierem bons, conforme a estimativa dos analistas, isso indicará que, aos poucos, o mercado de trabalho nos Estados Unidos está se recuperando após a crise.
Ainda sobre os indicadores norte-americanos, será interessante para os investidores observar o consumo pessoal e das famílias no país. Segundo projeções, os dois indicadores devem registrar pequeno crescimento, o que reforça o otimismo após a tendência observada de inflação sob controle no país.
Referente aos EUA, também serão divulgados na semana o índice de preços dos imóveis (amanhã) e o relatório de estoques de petróleo -importante indicador para o país, que é um dos maiores consumidores do combustível-, a ser apresentado na quarta-feira.
No mesmo dia, será conhecido o índice que mede o volume de pedidos feitos à indústria, de bens duráveis e não duráveis. Segundo analistas, deve apresentar uma melhora tímida.
No mercado doméstico, a inflação deve manter-se sob os holofotes. Amanhã sai o IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado) referente ao mês de março, um expressivo retrato da evolução geral de preços da economia. A expectativa é de alta do indicador.
Como os índices que contribuem para a medição da inflação no Brasil vêm desde o início do ano apresentando aumentos, embora alguns já tenham mostrado desaceleração da alta de preços, as atenções estarão voltadas ao relatório de inflação, que será divulgado pelo Banco Central no mesmo dia.
O documento do BC refere-se ao primeiro trimestre deste ano, e o mercado aguarda que ele traga argumentos referentes ao ritmo de expansão da demanda doméstica e a capacidade produtiva da economia. De acordo com os economistas, a revisão deve fazer um ajuste de 0,5% na inflação trimestral projetada anteriormente.
Na zona do euro, hoje é divulgado o indicador de confiança dos consumidores; na quarta-feira, a taxa de desemprego e, na quinta-feira, o índice de confiança da indústria.
A Inglaterra apresenta amanhã o resultado do PIB do quarto trimestre.

Câmbio e Bolsa
O dólar comercial subiu seguidamente nos últimos três dias úteis da semana passada, fechando as negociações no mercado interbancário de câmbio a R$ 1,826. É o maior valor desde 25 de fevereiro deste ano, quando fechou a R$ 1,831. Desde o início de março, o dólar já acumula alta de 1,11%; no ano, o ganho é de 4,76%.
A Bolsa deve terminar o mês com valorização acima de 3% -até sexta, a alta era de 3,28%.
Os investidores aguardam novas informações sobre a capitalização da Petrobras, que tramita no Senado. A expectativa é que a operação aconteça até o final de junho, antes das férias no hemisfério norte.


Texto Anterior: Folhainvest
Brasil terá fundo de Bolsa estrangeira

Próximo Texto: Dicas Folhainvest
Corretoras mantêm as dicas para investimento em ações

Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.