|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Braskem reduz planos no país
de Chávez
AGNALDO BRITO
DA REPORTAGEM LOCAL
Os planos da Braskem, a
maior companhia petroquímica da América Latina, que
é controlada pelo Grupo
Odebrecht e pela Petrobras,
serão reduzidos na Venezuela. A impossibilidade de obter financiamento internacional para bancar duas
grandes unidades de produção de resinas no valor total
de US$ 4 bilhões obrigou a
empresa brasileira a abandonar o plano original.
Para viabilizar projetos
mais modestos, a Braskem e
a Pequiven (braço petroquímico da estatal venezuelana
PDVSA) avaliarão, por intermédio das controladas Propilsur e Polimerica, a mudança de local e de tamanho
das fábricas de polietileno e
polipropileno. Os novos
acordos foram assinados ontem, em Brasília, durante a
visita oficial do presidente
venezuelano, Hugo Chávez.
Segundo Marcelo Lira, vice-presidente de relações
institucionais da Braskem,
as partes avaliarão a instalação de uma planta que tem
capacidade para produzir
300 mil toneladas de polipropileno na península de
Paraguaná. O custo do projeto é estimado em aproximadamente US$ 500 milhões e
o estudo final de viabilidade
deverá ser concluído no final
deste ano. O projeto original
estava previsto para ser
construído no Complexo Industrial José, no Estado de
Anzoátegui, tinha uma capacidade instalada de 450 mil
toneladas e um custo estimado em US$ 1 bilhão. A ideia é
manter a instalação da unidade até 2013.
O maior projeto era a construção de três unidades para
produção de 1,1 milhão de toneladas de polietileno ao lado de um complexo para produção de 1,3 milhão de toneladas da matéria-prima eteno, também prevista para o
Complexo de José. O custo
do projeto era de US$ 3 bilhões. Braskem e Pequiven
decidiram adiar esse empreendimento por um ano e
avaliar a possibilidade de
realocá-lo também para Paraguaná. Novas reservas de
gás natural na região podem
viabilizar projetos desse porte na área a um custo menor
da matéria-prima, diz a Braskem. Com o adiamento, o
empreendimento ficará agora para 2015.
Comércio
A Braskem também decidiu prorrogar por mais dois
anos o contrato para compra
de nafta petroquímica da
PDVSA. O contrato de 500
mil barris por mês terminaria neste ano. Agora, foi estendido e ampliado para 750
mil barris por mês. Dessa
forma, o valor das importações de nafta (principal matéria-prima petroquímica
processada pela Braskem no
Brasil) ficará em US$ 650
milhões por ano.
A empresa também discutirá a venda de resinas e de
petroquímicos básicos para o
uso da Pequiven. O valor das
exportações brasileiras pode
alcançar US$ 150 milhões.
Texto Anterior: Venezuela atrasa pagamento a brasileiras Próximo Texto: Comércio: Pacote para exportador sai na semana que vem, diz ministro Índice
|