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JUSTIÇA
Produto ficou 10 m mais curto em junho de 2001
Seae quer processar empresas por diminuir rolos de papel higiênico
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Seae (Secretaria de Acompanhamento Econômico), ligada ao
Ministério da Fazenda, pediu ontem à SDE (Secretaria de Direito
Econômico), órgão do Ministério
da Justiça, a abertura de processo
contra três fabricantes de papel
higiênico que, a partir de junho de
2001, reduziram a metragem dos
rolos de 40 para 30 metros.
O processo foi pedido por formação de cartel. A Seae explicou
que houve "simultaneidade" no
envio dos comunicados sobre a
mudança aos supermercados.
As datas também coincidiram
nos pedidos de novas embalagens
aos fornecedores e nas notas fiscais emitidas aos supermercados.
As empresas citadas são Klabin,
Santher e Melhoramentos, que
detêm cerca de 70% do mercado.
Segundo a Seae, a redução dos
rolos fez com que, em seis meses,
fossem transferidos cerca de R$
60 milhões dos consumidores para as empresas em razão da manutenção dos preços antigos.
Uma pesquisa apresentada pela
Klabin em sua defesa mostrou
que o consumidor não teria percepção da diminuição do conteúdo dos pacotes após a mudança.
A Seae ainda apontou contradições nos depoimentos. A Santher
e a Melhoramentos alegaram que
ficaram sabendo pelos supermercados da iniciativa da Klabin de
reduzir os rolos. Mais tarde, os supermercados negaram o fato.
A Folha entrou em contato com
a assessoria de imprensa da Klabin e da Melhoramentos, mas não
obteve resposta. A reportagem não conseguiu entrar em contato
com a Santher.
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