São Paulo, quarta-feira, 29 de maio de 2002

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JUSTIÇA

Produto ficou 10 m mais curto em junho de 2001

Seae quer processar empresas por diminuir rolos de papel higiênico

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Seae (Secretaria de Acompanhamento Econômico), ligada ao Ministério da Fazenda, pediu ontem à SDE (Secretaria de Direito Econômico), órgão do Ministério da Justiça, a abertura de processo contra três fabricantes de papel higiênico que, a partir de junho de 2001, reduziram a metragem dos rolos de 40 para 30 metros.
O processo foi pedido por formação de cartel. A Seae explicou que houve "simultaneidade" no envio dos comunicados sobre a mudança aos supermercados.
As datas também coincidiram nos pedidos de novas embalagens aos fornecedores e nas notas fiscais emitidas aos supermercados. As empresas citadas são Klabin, Santher e Melhoramentos, que detêm cerca de 70% do mercado.
Segundo a Seae, a redução dos rolos fez com que, em seis meses, fossem transferidos cerca de R$ 60 milhões dos consumidores para as empresas em razão da manutenção dos preços antigos.
Uma pesquisa apresentada pela Klabin em sua defesa mostrou que o consumidor não teria percepção da diminuição do conteúdo dos pacotes após a mudança.
A Seae ainda apontou contradições nos depoimentos. A Santher e a Melhoramentos alegaram que ficaram sabendo pelos supermercados da iniciativa da Klabin de reduzir os rolos. Mais tarde, os supermercados negaram o fato.
A Folha entrou em contato com a assessoria de imprensa da Klabin e da Melhoramentos, mas não obteve resposta. A reportagem não conseguiu entrar em contato com a Santher.



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