São Paulo, terça-feira, 29 de maio de 2007

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Mercado Aberto

@ - guilherme.barros@uol.com.br

Salário-família dobra o valor de contribuição com Lula

O governo Lula mais do que dobrou o valor das contribuições do salário-família concedidas pelas empresas aos trabalhadores de baixa renda que tenham filho até 14 anos. O Ministério da Previdência projeta que, neste ano, o benefício atinja um total de R$ 1,9 bilhão.
O número corresponde a um aumento de 125,39% em relação aos R$ 843 milhões de 2002, o último ano do governo FHC, e ainda representa uma parcela de um quinto do Bolsa Família. O salário-família é um benefício concedido pelas empresas e depois abatido no pagamento do INSS.
A conta das contribuições do salário-família foi feita a pedido do Conselho Nacional de Previdência Social, um órgão presidido pelo ministro Luiz Marinho, mas que também reúne representantes do setor privado e tem o objetivo de supervisionar a gestão das contas da Previdência. O Conselho se reúne amanhã, quando serão apresentados esses números.
Segundo Helmut Schwarzer, secretário de Políticas e Previdência Social do Ministério, o governo não tem um acompanhamento detalhado das contribuições do salário-família, tanto que ainda não foram levantados os números de 2003 a 2006. Nos últimos anos, o volume de contribuição do benefício cresceu significativamente, o que é um indicador de aumento do emprego formal.
O salário-família é um benefício pago aos trabalhadores com salário mensal de até R$ 676,27 para auxiliar no sustento dos filhos de até 14 anos. O valor do salário-família é de R$ 23,08 por filho para quem ganha até R$ 449,93. Já para quem recebe de R$ 449,94 até 676,27, esse valor cai para R$ 16,26.
O curioso é que, apesar do aumento da contribuição, o mesmo não aconteceu com o número de beneficiários. Subiu de 5,1 milhões em 2002 para 7,6 milhões neste ano, o que mostra que a alta no valor da contribuição se deu muito mais pelo aumento do valor do benefício.

Possível apagão faz empresa dobrar produção

Com base no consumo de energia registrado em relatórios das companhias elétricas, a TS Shara, produtora de no-break, estabilizador e filtro de linha começa a se preparar para um possível apagão energético entre 2009 e 2010. O plano é dobrar, em dois anos, o número de funcionários e investir R$ 5 milhões para crescer.
"Há um aumento de 8% a 10% na demanda do consumo de energia e não há investimento que acompanhe isso", diz Pedro Sakher Alshara, presidente da empresa. "Estamos apostando no apagão entre 2009 e 2010 para investir mais e conquistar o mercado. A crise também é uma oportunidade."
A TS Shara produz no-breaks voltados para computadores e serviços de telecomunicações em geral.

ON THE ROAD

Mais de 20 produtores de vinho de 11 diferentes países estão no Brasil para o Tour Mistral, uma série de degustações que acontecem pelo país, organizadas pela importadora. Entre os produtores, estão Marta Santander Martinez Bujanda, proprietária das Bodegas Martinez Bujanda, Finca Valpiedra, Finca Antigua, da Espanha, Ignacio Melero, diretor da casa Penfolds, da Austrália, e Diogo Campillo, proprietário e enólogo da Quinta da Lagoalva de Cima, que se destaca nos Syrahs, de Portugal. Também estavam presentes Antonio Morescalchi, da Altos Las Hormigas, Argentina, e o grego Leon Pantelos Karatsalos, da vinícola Gaía, que produz o polêmico "Retsína", com adição de resina de pinho.

ECO
Acaba de ser lançado o anuário "Análise Gestão Ambiental" (Análise Editorial, 360 páginas). A edição enumera as práticas ambientais de 500 das mil maiores empresas do Brasil, citadas em respostas a um questionário. Entre as principais conclusões, estão: 46% usam fontes renováveis de energia e 49% pesquisam tecnologia para reduzir emissão atmosférica.

NOVA BOLSA
Raymundo Magliano Filho, presidente da Bovespa, lança hoje a BVS&A (Bolsa de Valores Sociais e Ambientais), com foco em cinco temas: educação, mudanças climáticas, recursos hídricos, florestas e cidades sustentáveis. A BVS&A vai captar recursos financeiros para projetos de ONGs voltados ao ambiente, ampliando a atuação da BVS (Bolsa de Valores Sociais), criada em 2003.

LOTERIA 2
As campeãs são as Loterias Federais, responsáveis por mais de 65% da movimentação. Entre janeiro e abril, a média diária é de 6,7 milhões de transações.

MINEIRA
A Imagine 2007, feira de moda de MG, que acontece entre 7 e 10 de agosto, terá investimentos da ordem de R$ 3 milhões. São esperados 20 mil visitantes

LOTERIA 1
Aumentou o volume de transações de jogos nas loterias da Caixa Econômica Federal, assim como o de apostas e de pagamento de prêmios realizados.

EXPEDIÇÃO
Joaquim Levy, secretário da Fazenda do Rio de Janeiro, estará em São Paulo nos próximos dias para trocar informações com o seu colega Mauro Ricardo Costa. Na pauta, estão os sistemas paulistas de nota fiscal eletrônica e de restos a pagar. Fazem parte da expedição fluminense o superintendente estadual de Arrecadação do Rio, Paulo Glicério, e o subsecretário de Finanças, Marcelo Saintive.


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