São Paulo, sexta-feira, 29 de maio de 2009

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Com setor de luxo em crise, Lacroix entra com pedido de concordata

Jacques Brinon - 3.jul.07/Associated Press
O estilista francês Christian Lacroix ao final de apresentação de sua coleção em Paris


DA REDAÇÃO

Um dos maiores nomes da moda, o estilista francês Christian Lacroix entrou com um pedido de proteção aos credores, tornando-se mais uma das vítimas da crise financeira global.
A grife estava à beira do colapso depois que um acordo entre a sua proprietária, o grupo americano Farlic, e um possível investidor acabou não se concretizando. "No último ano, nós estivemos procurando um parceiro financeiro", afirmou o presidente-executivo, Nicolas Topiol.
"Esse processo, que estava em seu estágio final, foi atingido diretamente pelas condições dos mercados financeiros e não pode ser finalizado antes do pedido [de concordata]", completou.
A companhia continuará a operar durante o processo de reestruturação e caberá à Justiça francesa decidir se ela deverá ser reestruturada ou liquidada.
De acordo com o "New York Times", o negócio foi bastante atingido pela crise nos EUA (uma das suas principais fontes de faturamento), com compradores reduzindo ou cancelando seus pedidos. Apesar do reconhecimento da crítica, a casa não conseguiu gerar lucro desde a sua criação, há 22 anos. No ano passado, ela perdeu 10 milhões, com uma receita total de 30 milhões.
Com a crise financeira global, que demitiu milhões de pessoas e reduziu os gastos dos consumidores, há outros sinais de problemas no setor de bens de luxo: a LVMH, a maior empresa global de artigos de luxo, recentemente cancelou os planos de abrir uma loja Louis Vuitton em Tóquio, e a Chanel, no início deste ano, mandou embora 200 funcionários temporários.


Com "The New York Times" e agências internacionais


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