|
Próximo Texto | Índice
Mercado Aberto
Guilherme Barros
Preço do gás boliviano já aumentou 60%
O aumento de 10% no preço
do gás boliviano, anunciado na
terça-feira pela Petrobras, já é o
quinto desde setembro do ano
passado. Ao todo, o gás boliviano já aumentou 60% nesses últimos dez meses. A indústria é a
mais atingida.
Com 60% de reajuste, o gás
boliviano foi o que mais aumentou em dez meses em comparação aos demais combustíveis. A gasolina, por exemplo,
aumentou 22%, o GLP (o gás de
cozinha) zero, e o óleo combustível, apenas 8%. Nesse período, o preço do barril de petróleo
aumentou apenas 20%.
O analista Adriano Pires,
professor da UFRJ e diretor do
Cibre (Centro Brasileiro de Infra-Estrutura), explica que esses aumentos não têm nenhuma relação com a decisão do
presidente da Bolívia, Evo Morales, de nacionalizar as reservas de hidrocarbonetos do país.
A Petrobras concedeu o reajuste em cumprimento ao contrato já existente com a estatal boliviana YPFB.
De acordo com Pires, a Petrobras decidiu reajustar o preço do gás porque há escassez do
produto no mercado. "A melhor maneira de segurar a demanda é aumentar o preço."
A estratégia da Petrobras, segundo Pires, é a de tentar conter o consumo de gás industrial,
principalmente se houver
ameaça de abastecimento das
termelétricas. Para ele, o Brasil
deveria ter procurado outras
alternativas para não ficar tão
dependente do gás boliviano.
Entre elas, a de ter investido
no gás nacional (na bacia de
Santos, por exemplo), além de
ter importado gás natural liquefeito.
Outra providência que deveria ter sido tomada é a de diminuir a queima do gás na bacia
de Campos. No ano passado,
17% da produção de gás no país
foi queimada na região.
O aumento no preço do gás
nesses últimos dez meses representa uma mudança na política da Petrobras definida no
início do governo Lula, que era
a de massificação do consumo
de gás. Tanto que, de janeiro de
2003 a setembro de 2005, o
preço do produto não foi reajustado.
"O governo falou tanto que o
responsável pelo apagão em
2001 foi a falta de planejamento, e agora aconteceu a mesma
coisa no caso do gás", diz Pires.
CASA DE PAPEL
Cadeiras, mesas e camas de papelão vão ocupar espaço
na Craft Design, em agosto, na Fecomercio SP. A feira terá um projeto de mobiliário temporário para desabrigados, feito especialmente para vítimas de catástrofes, alojadas pela Defesa Civil em estádios e escolas públicas. "A
idéia é fornecer, a baixo custo, uma estrutura provisória,
que dura cerca de meio ano", diz Ivo Pons, professor do
Mackenzie e coordenador do projeto. O papelão também
facilita a captação de recursos: as empresas patrocinadoras podem ter as marcas impressas no próprio móvel.
DIREITO NO DIVÃ
Direito e psicologia. Esses são os dois elementos que o novo escritório Bragaglia, Santi & Assumpção Advogados Associados, especializado em direito de família e cível, passa a
oferecer em São Paulo. "No momento de fragilidade, de separação, divórcio, inventário, partilha, é essencial que o
atendimento seja personalíssimo", diz a sócia Carla Bragaglia, que até já estudou psicologia e, há 13 anos, vinha fazendo trabalho semelhante em outro escritório paulistano. "Há
clientes que precisam de uma abordagem mais agressiva, outros, de uma mais conciliadora." Segundo ela, o principal diferencial do escritório é o acompanhamento intensivo para
cada cliente. "Ficamos de sobreaviso para o que for preciso."
MAU SINAL
A viagem de Celso Amorim do Brasil para Genebra
para mais um capítulo da
Rodada Doha dá uma idéia
das dificuldades que ele enfrentará. A aeronave de São
Paulo para Paris atrasou a
decolagem em mais de duas
horas. Depois, um problema
técnico no avião de Paris para Genebra. Por fim, jantou
com Susan Schwab, chefe do
USTr, o ministério do comércio exterior dos EUA, e
uma das mais duras nas negociações com o Brasil.
BALCÃO
A Rio Bravo fechou neste
mês duas operações de aquisição no setor elétrico. Em
uma, assessorou, em parceria com o Citibank, o governo de São Paulo na venda da
Cteep (Companhia de
Transmissão de Energia
Elétrica Paulista), adquirida
pela colombiana Interconexión Eléctrica S.A., em que o
governo obteve ágio de 60%.
Na outra operação, a Rio
Bravo assessorou o comprador das usinas hidrelétricas
do grupo Rede. O vencedor
do leilão foi o grupo italiano
Enel.
PARA JORNALISTAS
A Escola de Economia de
São Paulo da FGV (Fundação Getulio Vargas) oferece,
em agosto, curso para jornalistas e profissionais da área
de comunicação. No programa, estão 30 aulas com enfoque aplicado e voltado à discussão dos aspectos da realidade econômica nacional. O
curso, organizado por Rogério Mori, começa em 21 de
agosto e vai até 12 de dezembro e será dividido em aulas
expositivas e debates com
temas pré-selecionados, que
têm como objetivo dar uma
visão global ao aluno.
MÃOS AO ALTO
O 1º Congresso Brasileiro
de Segurança de Produtos
Farmacêuticos vai mostrar
hoje, no hotel Meliá, que
cerca de R$ 200 milhões em
produtos médicos foram
roubados no país, em 2005.
Os dados são da Associação
Brasileira dos Profissionais
em Segurança Orgânica.
VAREJO
A Fecomercio SP anuncia
hoje que o grupo de vestuário, tecidos e calçados teve o
melhor resultado do ano em
maio, com alta de 22,5%.
ENERGIA
Os consumidores do mercado livre de energia economizaram R$ 318 milhões em
maio em relação ao preço
cobrado dos consumidores
cativos pelas concessionárias. No acumulado do ano, a
economia é de R$ 1,6 bilhão.
Os dados são da Comerc.
TREINAMENTO
O Instituto General Motors inicia hoje as atividades
do projeto Foco, de treinamento de mão-de-obra para
a indústria automobilística,
em Gravataí (RS).
Muhammad Ali lança linha de produtos light
Assim como Emerson Fittipaldi e sua 7 Day Diet, o
lendário lutador de boxe
Muhammad Ali lança, nos
EUA, linha de comidas e bebidas com poucas calorias
para jovens adultos. Os primeiros produtos a irem às
prateleiras, em 2007, são
salgados assados em forma
de luvas de boxe e sacos de
pancada em sabores como
churrasco de frango.
Próximo Texto: Pressão dos ruralistas derruba Rodrigues Índice
|