São Paulo, domingo, 29 de junho de 2008

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Lojas virtuais dizem que têm custos menores

DA REPORTAGEM LOCAL

Lojas virtuais e sites que vendem produtos eletroeletrônicos afirmam que seus custos são menores do que os do comércio tradicional, o que permite tornar os preços mais competitivos e oferecer mercadorias até pela metade do preço. Isso não significa, segundo eles, que estejam praticando "concorrência desleal".
O Mercado Livre informa, por meio de sua assessoria de imprensa, que os preços dos produtos que anuncia podem estar menores porque podem ser seminovos ou porque o usuário que já tem um home theater, por exemplo, ganha outro de presente e, em vez de trocar por outro produto, decide vender por meio do site.
"Se o consumidor entrar no site de grandes redes varejistas, verá que, muitas vezes, os preços anunciados na internet são inferiores aos praticados na loja física. Isso porque locar uma loja no shopping custa muito mais caro que um espaço na internet", afirma, em nota, o site www.mercadolivre.com.
Além do custo do espaço físico ou da locação dele, o site informa que, no comércio virtual, os custos com a contratação de pessoal, os estoques e a logística são inferiores e, por essa razão os produtos podem ser oferecidos por preços menores.
"As grandes redes varejistas empregam milhares de pessoas que atuam em suas lojas físicas. Quantas pessoas são necessárias para atuar numa loja virtual? Na web, você não sabe se aquela empresa é grande ou pequena, mas, sim, se é séria e cumpre com o prometido."
"No Mercado Livre, existem milhares de microempresas com um funcionário: o próprio dono. É ele que, muitas vezes, cuida de tudo: compra do produto, publicação do anúncio, negociação, venda e entrega. Com o crescimento dos negócios, esses microempresários acabam trazendo para a operação seus familiares e amigos."
A Byte Shop Info informa que sua forma de trabalho é diferente. "Não possuímos folha de pagamento gigantesca nem despesas. Com isso, podemos ter uma margem de preço melhor. Sem falar também que os impostos para as microempresas são menores."
No Brasil, diz a Byte Shop Info, "existe muito produto com importação ilegal, encontrado facilmente na rua Santa Ifigênia [região central da capital paulista], sem impostos".
A Ciavirtualmix preferiu não comentar o caso. Videosonic e Etronics não retornaram telefonemas nem responderam aos e-mails da reportagem. A Receita em São Paulo não quis comentar o assunto. (CR e FF)


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