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Semana traz agenda cheia no Brasil e nos Estados Unidos
Resultados de desemprego e da indústria são destaque
DA REPORTAGEM LOCAL
A semana terá uma série de
indicadores econômicos relevantes para os analistas avaliarem, tanto no Brasil como nos
Estados Unidos. Emprego, inflação e números da indústria
estão entre os destaques.
O dia mais agitado da semana
promete ser a quinta-feira. No
Brasil, haverá a divulgação da
produção industrial de maio
pelo IBGE (Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística). Nos
Estados Unidos vão ser apresentados os dados sobre o mercado de trabalho e sobre o desempenho na indústria.
"Esperamos para a semana a
manutenção da alta volatilidade, já que a agenda do período
está carregada", afirma Ricardo
Tadeu Martins, da corretora
Planner. "Um dos destaques serão os dados de emprego nos
EUA, que devem fazer a diferença para os negócios."
A agenda de eventos econômicos da semana começa com
dois importantes indicadores:
o índice de atividade medido
pelo Fed (banco central dos Estados Unidos) regional de Chicago e o índice do setor manufatureiro do Fed de Richmond,
que saem hoje. Para amanhã,
está prevista mais uma bateria
de indicadores, com destaque
para os índices de confiança do
consumidor e de preços de
imóveis nos Estados Unidos.
A quarta-feira será ainda
mais carregada, com números
dos gastos em construção, vendas de veículos e de imóveis
usados. Além disso, haverá
duas importantes pesquisas: a
da consultoria ADP sobre o
mercado de trabalho e a do instituto ISM, que mede o desempenho da indústria americana.
Com esses diversos dados sobre a maior economia do mundo, analistas e investidores terão um painel sobre como andam os Estados Unidos.
Na semana passada, a divulgação do resultado final do PIB
(Produto Interno Bruto) norte--americano no primeiro trimestre, que sofreu retração de
5,5%, foi recebida com alívio.
Isso porque o principal dado
econômico ficou um pouco menos negativo que o esperado.
Para a taxa de desemprego
norte-americana, a ser conhecida na quinta-feira, os analistas trabalham com uma nova
alta. De 9,4% em maio, o mercado conta com taxa de desemprego de 9,6% neste mês.
A taxa de desemprego na zona do euro também será conhecida na quinta-feira.
Além disso, na quinta-feira o
BCE (Banco Central Europeu)
vai se reunir para definir como
fica a taxa de juros da região.
Aqui, inflação e indústria
No Brasil, os destaques da semana ficam com os índices de
inflação e da indústria.
Hoje vai ser conhecido o resultado do IGP-M deste mês.
Medido pela FGV, esse índice
de inflação é o primeiro a ser
apresentado com o resultado
final do mês. A expectativa do
mercado é que o indicador registre deflação (de 0,10%) para
este mês.
Na sexta-feira será a vez de a
Fipe (Fundação Instituto de
Pesquisas Econômicas), apresentar o resultado do IPC (Índice de Preços ao Consumidor).
Para essa apuração da inflação
é esperada alta de 0,16%.
Além da inflação, os investidores irão conhecer nos próximos dias números relevantes
sobre a indústria brasileira.
Amanhã a Fiesp apresentará
dois diferentes indicadores industriais referentes a maio. Na
sexta-feira, é a vez de o IBGE
divulgar a produção industrial
de maio, para a qual o mercado
projeta leve alta de 0,6%.
Se os dados de inflação ficarem dentro do esperado, vão
reforçar as expectativas de um
novo corte na taxa básica de juros (a Selic), que está em 9,25%
anuais, no próximo encontro
do Copom que acontece nos
dias 21 e 22 de julho.
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