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PERFIL
Novo diretor do BC é defensor do conservadorismo
DA REDAÇÃO
A julgar pelo que fala e escreve, o futuro diretor do
Banco Central, Rodrigo Telles de Rocha Azevedo, 39,
está afinado com os rumos
da política monetária adotados pela instituição.
No último relatório divulgado pelo Credit Suisse, banco do qual era economista-chefe, a equipe na qual Azevedo trabalhava previu que
o BC não deve alterar a taxa
básica de juros da economia
(Selic), atualmente em 16%
ao ano, até o fim do ano.
Em outro relatório, economistas do CSFB diziam que a
elevação dos juros norte-americanos somente prejudicaria o Brasil se "o governo
brasileiro emitisse sinais
contraditórios. Mas esperamos que o governo Lula tenha aprendido a lição".
As reações do economista
às decisões do Copom (Comitê de Política Monetária)
sobre as taxas de juros apontam seu conservadorismo.
Em junho do ano passado,
quando o BC decidiu reduzir
a Selic, Rodrigo Azevedo
considerou a decisão um erro. "Teria sido mais cauteloso e adequado manter a Selic", afirmou.
Em junho do mesmo ano,
em entrevista ao jornal "Valor Econômico", Azevedo
elogiou a decisão do Conselho Monetário Nacional
(CMN) de manter a meta de
inflação para este ano em
5,5% e em 4,5% a de 2005
-consideradas muito restritivas por parte do mercado financeiro. "A perspectiva de que o governo está levando o país para uma inflação mais baixa e sob controle fomenta investimentos e o
alongamento de horizontes
para decisões", disse.
Currículo
Economista-chefe do
CSFB desde 1999, Azevedo
entrou no banco quando a
instituição na qual trabalhava, o Garantia, foi incorporada pelo Credit Suisse.
Rodrigo Azevedo é bacharel em economia pela USP,
mestre e doutor pela Universidade de Illinois (EUA).
Trabalhou também no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e na
Fundação Instituto de Administração (FIA) da USP. É
de Porto Alegre (RS), casado
e tem três filhos.
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