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LEITE DERRAMADO
Postos na AL cairão de 11,9 mil para 3.600
Nova Parmalat terá metade das vagas, afirma interventor italiano
DA REDAÇÃO
A nova Parmalat mundial terá
cerca de metade dos funcionários
de seu quadro atual, afirmou ontem, em depoimento ao Senado
italiano, o interventor nomeado
pelo governo para o grupo alimentício, Enrico Bondi.
Segundo o jornal italiano "La
Repubblica", Bondi apresentou
dados que mostram o enxugamento de vagas, de 32,39 mil para
16,97 mil, número que poderá,
posteriormente, chegar a 15,95
mil trabalhadores. Não foi mencionado um prazo para o corte.
"Não haverá demissões, e a redução de pessoal será resultado
da transferência [e venda] de atividades", afirmou Bondi.
Na Itália, o quadro será reduzido de 3.528 funcionários para
2.785 e, em até quatro anos, para
2.400. Na América Latina, o redimensionamento cortará os postos de 11,9 mil para 3.581.
A Parmalat no Brasil disse que
não haverá cortes. Ela desenhou
um programa de reestruturação
autônomo, que não segue a política determinada na Itália.
Segundo a empresa, a redução
no número de vagas na América
Latina reflete, na prática, uma
mudança da administração da
matriz. O grupo passou a desconsiderar o número de postos nos
países da região que começaram a
atuar de forma independente. Por
essa razão haverá a redução, explicou a empresa no Brasil.
Bondi ainda explicou ao Senado
de que forma foi decidida a condução do grupo após a crise.
"Nós dividimos o grupo em outros três, segundo os países.
Aqueles com alta rentabilidade,
ou que sejam capazes de alcançá-la; existem os que estão em intenso processo de reestruturação e os
que estão sob administração local, cujos negócios foram transferidos ou vendidos em parte."
Ele destacou ainda o peso da
empresa, citando um estudo do
Instituto Nielsen. Segundo a pesquisa, a marca Parmalat ainda
era, em 2003, a segunda mais reconhecida no mundo entre os
grandes grupos alimentícios.
Nos EUA, a SEC (Securities and
Exchange Commission, que regula o mercado de capitais) anunciou acordo com a Parmalat -ela
entrara com ação em dezembro
passado acusando o grupo de enganar investidores. Segundo o
acordo, a Parmalat terá que adotar uma série de mudanças, como
promover a eleição para seu conselho por meio do voto dos acionistas, e ficará livre de multa.
Colaborou a Reportagem Local
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