São Paulo, sábado, 29 de julho de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

COMÉRCIO

Rede Wal-Mart vende suas lojas na Alemanha a rival

DA BLOOMBERG

O grupo Wal-Mart, maior rede varejista do mundo, decidiu vender suas 85 lojas na Alemanha para a rival Metro.
O valor da transação não foi revelado, mas, segundo comunicado divulgado ontem, o Wal-Mart deve ter prejuízo antes dos impostos no valor de US$ 1 bilhão no segundo trimestre do ano fiscal de 2007.
A empresa começou a atuar na principal economia européia em 1998 e, apesar de não divulgar relatórios individuais de cada país, o Wal-Mart sempre disse que suas operações na Alemanha não eram lucrativas.
Em junho passado, a rede informou que pretendia fechar ou vender pontos-de-venda no país caso não fosse possível torná-los lucrativos.
A divisão alemã do Wal-Mart gerou receita de aproximadamente 2 bilhões no ano passado.
Após a compra, a Metro terá um total de 1.512 pontos-de-venda no mercado alemão de varejo de alimentos, que movimenta 130 bilhões por ano. A empresa pretende incorporar as lojas do Wal-Mart a sua rede de hipermercados Real. Com a aquisição, ela pretende aumentar seu poder de barganha junto aos fornecedores.
"É muito difícil de promover o crescimento de redes de varejo de alimentos de forma orgânica", disse Albrecht Von Truchsess, porta-voz da Metro. "Isso realmente só é possível por meio de aquisições. Não haverá outra oportunidade como esta tão cedo."
É o segundo caso nos últimos meses em que o grupo americano deixa de operar em um país. Há dois meses, a rede vendeu seus 16 pontos-de-venda na Coréia do Sul.
Segundo analistas, a Argentina pode ser o próximo país afetado por medida semelhante. O Wal-Mart possui 11 lojas no país e, para especialistas, ou expande suas operações ou encerra suas atividades. Eles dizem que a rede poderá usar o dinheiro investido nesses países para se expandir em outros mercados.
No início deste mês, a Folha revelou que o Wal-Mart pretende faturar R$ 40 bilhões no Brasil em dez anos. Para concretizar esse objetivo, a rede precisará expandir dramaticamente suas operações ou adquirir um dos líderes do mercado local.


Com a Redação

Texto Anterior: Brasil quer voltar à OMC em caso do algodão
Próximo Texto: América Latina: Uruguai antecipa pagamento de dívida com o FMI
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.