|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
COMÉRCIO
Rede Wal-Mart vende suas lojas na Alemanha a rival
DA BLOOMBERG
O grupo Wal-Mart, maior
rede varejista do mundo, decidiu vender suas 85 lojas na
Alemanha para a rival Metro.
O valor da transação não
foi revelado, mas, segundo
comunicado divulgado ontem, o Wal-Mart deve ter
prejuízo antes dos impostos
no valor de US$ 1 bilhão no
segundo trimestre do ano
fiscal de 2007.
A empresa começou a
atuar na principal economia
européia em 1998 e, apesar
de não divulgar relatórios individuais de cada país, o Wal-Mart sempre disse que suas
operações na Alemanha não
eram lucrativas.
Em junho passado, a rede
informou que pretendia fechar ou vender pontos-de-venda no país caso não fosse
possível torná-los lucrativos.
A divisão alemã do Wal-Mart gerou receita de aproximadamente 2 bilhões no
ano passado.
Após a compra, a Metro terá um total de 1.512 pontos-de-venda no mercado alemão de varejo de alimentos,
que movimenta 130 bilhões por ano. A empresa
pretende incorporar as lojas
do Wal-Mart a sua rede de
hipermercados Real. Com a
aquisição, ela pretende aumentar seu poder de barganha junto aos fornecedores.
"É muito difícil de promover o crescimento de redes
de varejo de alimentos de
forma orgânica", disse Albrecht Von Truchsess, porta-voz da Metro. "Isso realmente só é possível por meio
de aquisições. Não haverá
outra oportunidade como
esta tão cedo."
É o segundo caso nos últimos meses em que o grupo
americano deixa de operar
em um país. Há dois meses, a
rede vendeu seus 16 pontos-de-venda na Coréia do Sul.
Segundo analistas, a Argentina pode ser o próximo
país afetado por medida semelhante. O Wal-Mart possui 11 lojas no país e, para especialistas, ou expande suas
operações ou encerra suas
atividades. Eles dizem que a
rede poderá usar o dinheiro
investido nesses países para
se expandir em outros mercados.
No início deste mês, a Folha revelou que o Wal-Mart
pretende faturar R$ 40 bilhões no Brasil em dez anos.
Para concretizar esse objetivo, a rede precisará expandir
dramaticamente suas operações ou adquirir um dos líderes do mercado local.
Com a Redação
Texto Anterior: Brasil quer voltar à OMC em caso do algodão Próximo Texto: América Latina: Uruguai antecipa pagamento de dívida com o FMI Índice
|