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Polícia confisca filmes da Folha
da Folha Campinas
Um grupo de seis soldados do
Batalhão de Choque da Polícia
Militar que atuava na repressão
ao protesto dos caminhoneiros na
via Anhanguera confiscou ontem
nove filmes do repórter fotográfico da Folha Marcos Peron.
Os filmes já haviam sido utilizados pelo fotógrafo e mostravam o
momento em que cerca de 50 policiais invadiam um posto de
combustíveis perto do pedágio de
Nova Odessa, no km 117 da rodovia, quebrando vidros de pelo menos cinco caminhões na área de
abastecimento e obrigando os
motoristas a deixarem o local.
Também foi invadido um restaurante ao lado do posto e os policiais obrigaram todos os caminhoneiros a sair do local com o
uso de bombas de efeito moral e
tiros com balas de borracha.
O fotógrafo foi abordado por
seis policiais no acostamento da
Anhanguera que o revistaram e
exigiram que ele entregasse todos
os seus filmes.
A Folha registrou o caso no 3º
DP (Distrito Policial) de Sumaré e
pediu a devolução dos filmes à
Polícia Militar.
O coronel Elzio Nagalli, comandante do CPAI-2 (Comando de
Policiamento de Área do Interior), responsável pela corporação em 22 municípios da região
de Campinas, disse ontem que vai
abrir inquérito para apurar o caso. "Se Deus quiser, vamos localizar os filmes", afirmou.
Segundo o comandante, a invasão ao posto também será investigada. "Mas não temos provas disso. Estou sendo informado sobre
o posto por vocês", disse.
O comandante-geral da Polícia
Militar do Estado de São Paulo,
coronel Ruy César Mello, pediu
desculpas ontem à Folha pela
apreensão dos filmes. Segundo
Mello, a Corregedoria da Polícia
Militar vai instaurar um inquérito
para apurar o caso.
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