São Paulo, Quinta-feira, 29 de Julho de 1999
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País já teve outras greves

ANDRÉ LUIZ GHEDINE
do Banco de Dados

Os caminhoneiros já realizaram outros movimentos de alcance nacional, com paralisações que provocaram desabastecimento em algumas regiões.
Em 85, eles bloquearam estradas no Paraná, em Minas Gerais e no Rio de Janeiro. Cerca de 2,5 milhões de toneladas de cargas deixaram de ser transportadas nas 24 horas de paralisação.
Dois anos depois, cerca de 1,2 milhão de caminhoneiros autônomos e motoristas contratados entraram em greve. Reivindicavam aumentos salariais e do frete. Graças a um acordo, o movimento durou apenas um dia.
Em janeiro de 93, uma greve de tanqueiros (motoristas autônomos que transportam combustíveis) deixou os postos da Baixada Santista sem o produto.
No ano passado, tanqueiros de São Paulo paralisaram o transporte por três dias e provocaram falta de combustível na capital.
Em outros países da América do Sul e na Europa também aconteceram manifestações semelhantes à do Brasil. Uma greve de caminhoneiros argentinos, no início deste mês, fez o presidente Carlos Menem acenar com a possibilidade de decretar estado de sítio, que permitiria a Menem ordenar prisões.
O governo do Equador enfrentou uma greve de caminhoneiros, motoristas de ônibus e taxistas também no início do mês. Os 12 dias de greve causaram desabastecimento e elevação de preços em até 20%.
Em novembro de 96, caminhoneiros franceses bloquearam estradas, portos e refinarias em todo o país. O movimento durou 12 dias e causou falta de combustíveis em várias regiões.
Houve outras greves conjuntas no âmbito do Mercosul, como em dezembro último.


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