São Paulo, domingo, 29 de agosto de 2004

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Mercado vive "inflação da sucata"

DA REPORTAGEM LOCAL

O interesse por materiais recicláveis já provoca inflação de demanda no setor. A alta de preços vem sendo percebida mês a mês desde o início deste ano.
As embalagens de PET (polietileno tereftalado) -como as garrafas de refrigerantes- são um dos materiais mais bem cotados. O quilo desse produto está hoje em cerca de R$ 1. Há um mês valia R$ 0,80, e, em janeiro, R$ 0,60. "Quase dobrou de preço", diz Alessandro dos Santos, presidente da cooperativa Central Tietê.
A sucata de alumínio também foi valorizada neste ano. Hoje o quilo desse produto vale cerca de R$ 4 -no início do ano estava cotado em R$ 3. O mercado brasileiro de latas de alumínio movimenta cerca de US$ 45 milhões por ano, segundo informa a Coopamare (Cooperativa de Catadores Autônomos de Papel, Aparas e Materiais Reaproveitáveis).
No Brasil, a lata de alumínio corresponde a menos de 1% dos resíduos urbanos. Cada brasileiro consome, em média, 25 latinhas por ano. "O preço dos produtos recicláveis está subindo porque aumentou a concorrência. Novos negócios estão surgindo nesse mercado. O PET, por exemplo, está até em falta", afirma Santos.
Materiais como ferro e caixas de embalagem longa vida (tetrapak) também estão em alta. O primeiro subiu 40% entre janeiro e julho deste ano -passou de R$ 0,27 o quilo para R$ 0,38. Já as caixas subiram de R$ 0,10 para R$ 0,20. (FF e CR)

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