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IGP-M pode registrar 3ª menor inflação da história do índice
MARCELO BILLI
DA REPORTAGEM LOCAL
A inflação medida pelo IGP-M ficou em 0,29% em setembro. A julgar pelo resultado e
pelo comportamento dos preços durante os primeiros nove
meses do ano, a inflação medida pelo índice da FGV (Fundação Getúlio Vargas) ficará, neste ano, abaixo de 3,5%, a terceira menor taxa registrada pela
instituição desde que começou
a calculá-la, em 1989.
O IGP-M (Índice Geral de
Preços - Mercado) acumula alta de 2,26% até setembro. O índice é calculado por meio das
oscilações de outros três indicadores, que medem os preços
no atacado (IPA), os preços ao
consumidor (IPC) e os preços
da construção civil (INCC).
Neste mês, os preços no atacado registraram alta de 0,36%,
oscilação inferior à de agosto,
de 0,46%. Os preços da construção civil ficaram estáveis,
registrando alta de 0,09%, contra elevação de 0,35% em agosto. Apenas os preços ao consumidor, vitaminados principalmente pela alta do custo de habitação e alimentação, aceleraram neste mês, com alta de
0,18%, contra 0,13% de agosto.
"Nós caminhamos para ter
em 2006 a terceira menor inflação da história", diz Salomão
Quadros, coordenador de Análises Econômicas da FGV.
Setembro foi o segundo mês
em que a inflação medida pelo
IGP-M ficou em torno de
0,30%. Depois de uma série de
deflações que durou cinco meses e terminou em setembro do
ano passado, o índice passou a
ter um comportamento bem
volátil, influenciado por eventos pontuais, como quebras de
safra ou alterações bruscas em
cotações de insumos.
Para Quadros, o comportamento do índice sugere que o
Brasil transita para uma conjuntura de menor inflação, com
a taxa anual girando em torno
de 3,5%, como deve ocorrer
com o IGP-M neste ano. Vale
lembrar que a meta de inflação
perseguida pelo Banco Central
continua sendo a de 4,5%.
Até este mês, o IGP-M acumula alta de 2,26%. Para fechar
o ano abaixo dos 3,5% , os preços poderiam subir, em média,
1% no último trimestre. Foi isso que ocorreu no mesmo período do ano passado. Caso
ocorra o mesmo neste ano, a inflação ficaria em torno de
3,28%, calcula Quadros.
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