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TELEFONIA 1
Premiê italiano nega que vá reestatizar Telecom Italia
JANAÍNA LEITE
DA REPORTAGEM LOCAL
SALVATORE CARROZZO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O primeiro-ministro italiano, Romano Prodi, negou
ontem a intenção de reestatizar a Telecom Italia. Deixou claro, porém, que o governo acompanhará de perto
o destino da empresa, prensada entre um alto endividamento e uma enxurrada de
denúncias. Prodi esteve na
Câmara dos Deputados.
"Não é tarefa do governo
elaborar estratégias empresariais, mas isso não quer dizer que o governo fique indiferente aos destinos de uma
empresa como a Telecom,
assim relevante", afirmou o
primeiro-ministro.
A Telecom Italia é a quinta
maior operadora de telefonia
da Europa. Neste mês, anunciou sua reestruturação, baseada na cisão das atividades.
Prodi, representante da
ala de centro-esquerda da
política italiana, não gostou.
Fez críticas ao plano da empresa e disse não ter sido informado sobre o redesenho.
Veio a público, no entanto,
a informação de que o assessor especial de Prodi recebeu
os dados. O episódio azedou
de vez a relação do controlador da Telecom, Marco
Tronchetti Provera, com o
primeiro-ministro. Provera
pediu afastamento do cargo.
Prodi negou ter sido informado sobre a comunicação
entre o governo e a Telecom
Italia. Irritou os parlamentares de centro-direita. Eles interromperam a fala do primeiro-ministro sob gritos de
"fanfarrão".
No Brasil, a Telecom Italia
é dona da TIM (operadora de
telefonia móvel) e acionista
da Brasil Telecom (que opera
telefonia fixa nas regiões Sul
e Centro-Oeste e em parte da
Norte) - essa última, inclusive, foi motivo da maior disputa societária da história brasileira.
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