São Paulo, sexta-feira, 29 de setembro de 2006

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Vaivém das commodities

Mauro Zafalon - mzafalon@folhasp.com.br

RECORDE DOS RECORDES
O que parecia ruim para os brasileiros ficou ainda pior. Os EUA vão produzir 89 milhões de toneladas de soja nesta safra -recorde dos recordes. As estimativas são da FCStone, que consultou 550 cooperativas.

COMPENSA A REDUÇÃO
Com produção tão elevada por lá, a redução de área no Brasil -e a conseqüente produção menor- pode não interferir em nada nos preços externos da oleaginosa. A produção de milho será de 281 milhões de toneladas.

RECOMPOSIÇÃO
O Usda divulga hoje a avaliação dos estoques de soja dos EUA da safra 2005/6. A estimativa média do mercado é de volume próximo a 13,1 milhões de toneladas, 88% a mais do que na safra anterior.

REDUÇÃO ADIADA
A redução da TEC (Tarifa Externa Comum) do trigo não deverá ocorrer. Pelo menos até dezembro. Produtores e indústrias não chegaram a um consenso sobre o assunto na reunião de quarta-feira na câmara do setor. Com isso, o governo não deverá mexer na alíquota.

TARIFA ZERADA
Diante da quebra na produção interna, que deverá atingir apenas 25% do total a ser consumido pelo país, a indústria pediu a redução da TEC a zero para 1,6 milhão de toneladas. A TEC do trigo em grão é de 10%.

OS PREJUDICADOS
Na avaliação de Flávio Turra, da Ocepar, os grandes prejudicados com a redução da TEC seriam os agricultores, que ainda não comercializaram a safra deste ano. Já o governo será favorecido se não houver redução porque não terá de comprar trigo do produtor, como ocorreu na safra que acaba de ser comercializada, diz Turra.

BOLSO DO CONSUMIDOR
Na avaliação de Turra, o consumidor será pouco afetado se não houver redução. A farinha de trigo tem participação de apenas 20% no custo do pãozinho, diz. Uma eventual explosão de preços, no entanto, poderá colocar o assunto em pauta novamente, afirma.

QUEDA CONFIRMADA
O conselho australiano do trigo reduziu mesmo a estimativa de produção do cereal do país da safra 2006/7: será de 12 milhões a 15 milhões de toneladas. A estimativa anterior era de 18 milhões a 20 milhões.

MINAS GERAIS SEGURA
Os preços médios do leite subiram 2% neste mês em Minas Gerais, maior produtor nacional, segundo o Cepea. Essa alta segurou os preços médios nacionais no mesmo patamar dos de agosto, apesar da redução em quatro dos sete Estados pesquisados. O preço médio líquido nacional foi de R$ 0,4612 por litro.


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