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Pacote nos EUA e desemprego focam atenções na semana
Banco Central Europeu vai decidir taxa de juros
DA REPORTAGEM LOCAL
Os mercados devem acompanhar com atenção a aprovação
do pacote de socorro ao setor financeiro pelo Congresso dos
EUA, cujo acordo foi fechado
ontem, e a saúde dos bancos europeus. Ontem, Bélgica, Holanda e Luxemburgo decidiram
nacionalizar o belga-holandês
Fortis. O Reino Unido deve estatizar o B&B, instituição que
atua no setor imobiliário.
Hoje, o mercado financeiro
irá se deparar com o resultado
do PCE (gastos dos consumidores americanos), indicador relevante por ser acompanhado
de perto pelo Fed (Federal Reserve, o BC dos EUA).
Na quarta-feira, a agenda será carregada, com dados da indústria norte-americana, de
gastos com construção, vendas
de veículos e estoques de petróleo e derivados. "A semana está
repleta de indicadores no exterior. Há dados de emprego, renda, confiança do consumidor,
gastos com construção e estoques de petróleo. Com todas essas variáveis, é difícil prever um
cenário de maior tranqüilidade
no mercado. Sendo assim, continuamos cautelosos, mas atentos às oportunidades que as recentes quedas têm apresentado", afirma Rossano Oltramari,
sócio da XP Investimentos.
Um dia que pode ser especialmente tenso é a sexta-feira,
quando vão ser divulgados os
dados do mercado de trabalho
dos EUA. A expectativa é que a
taxa de desemprego na maior
economia do mundo se mantenha em 6,1%. Um aumento no
desemprego poderá motivar
uma reação negativa na Bolsa.
A agenda americana ainda
traz o nível de encomendas da
indústria, na quinta-feira, e o
desempenho do setor de serviços, medido pelo instituto ISM,
na sexta-feira.
"O relatório de emprego deverá indicar que as condições
do mercado de trabalho nos
EUA permanecem fracas. Os
analistas de mercado prevêem
que a taxa de desemprego fique
em 6,1% em setembro, estável
em relação ao mês de agosto,
mas bem acima dos níveis dos
meses anteriores", afirma o
economista-chefe da corretora
Concórdia, Elson Teles.
Na Europa, o grande evento
será a reunião do BCE (Banco
Central Europeu), que ocorrerá na quinta-feira. A expectativa do mercado é que a taxa básica da região permaneça nos
atuais 4,25% anuais.
A Câmara dos Representantes deve votar hoje o pacote de
socorro financeiro americano
de US$ 700 bilhões. Na quarta-feira, a proposta deve chegar ao
Senado norte-americano.
O agravamento da crise financeira tem feito as Bolsas oscilarem de forma muito mais
intensa. Assim, qualquer dado
que não agrade aos analistas e
investidores pode desencadear
mais quedas nos já debilitados
mercados financeiros.
Inflação doméstica
No Brasil, a semana começa
com a divulgação de dados de
inflação. Além do IGP-M de setembro, haverá a apresentação
do relatório trimestral de inflação do Banco Central hoje.
Para o IGP-M, a expectativa
do mercado é que o índice tenha ficado em 0,02% no mês.
Na quarta-feira, os dados de
balança comercial e fluxo cambial serão acompanhados com
atenção, devido ao momento
de pressão que tem afetado o
câmbio.
A agenda doméstica se encerra com a produção industrial de
agosto, que o IBGE divulga na
quinta-feira, e o IPC da Fipe,
que será divulgado na sexta. Para o IPC, as projeções apontam
para alta de 0,37% no mês.
"O relatório de inflação também poderá trazer uma avaliação mais atualizada da autoridade monetária em relação aos
prováveis impactos, sobre a
economia doméstica, do agravamento da crise financeira internacional", diz Teles.
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