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COMÉRCIO EXTERIOR
Superávit de US$ 754 mi eleva saldo em 2002 para US$ 9,7 bi
Balança tem melhor semana do ano
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Brasil já exportou US$ 9,755
bilhões a mais que importou em
2002. A última vez que Brasil conseguiu resultados similares foi em
1994, ano em que o Plano Real foi
lançado. Naquele ano, o país teve
um superávit de US$ 10,466 bilhões. Entre 1995 e 2000, o Brasil
acumulou déficits.
Na semana passada, o país conseguiu um superávit de US$ 754
milhões, o melhor resultado semanal já registrado. Neste mês, o
saldo acumulado é de US$ 1,899
bilhão, resultado de exportações
de US$ 5,441 bilhões e importações de US$ 3,542 bilhões. Ainda
falta contabilizar o resultado dos
últimos quatro dias deste mês.
O mês de outubro será o quarto
consecutivo em que as exportações brasileiras devem registrar
crescimento em relação ao ano
anterior. Nos primeiros seis meses do ano, embora as exportações tenham superado as importações, o total vendido para o exterior estava caindo em relação ao
ano passado.
Retração
O país só obteve superávit no
primeiro semestre porque as importações, afetadas pela queda do
crescimento econômico e pela alta do dólar, tiveram queda maior
que as exportações.
Desde julho, as vendas para o
exterior retomaram o crescimento. Nas quatro primeiras semanas
deste mês, as exportações estão
25,9% maiores que no mesmo período de 2001.
No ano, o país exportou US$
48,959 bilhões, 0,6% a mais que
em 2001. As importações, por sua
vez, caíram de US$ 47,211 bilhões
para US$ 39,204 bilhões.
No primeiro semestre, a desaceleração do crescimento no Brasil e
no mundo, principalmente a recessão argentina, foi o principal
determinante do resultado comercial. Com menor atividade
econômica, o Brasil importou
menos. Mas a crise nos países ricos e na Argentina dificultou as
vendas brasileiras para o exterior.
A desvalorização do real é o
principal combustível para o setor externo brasileiro. O real desvalorizado encarece as importações ao mesmo tempo em que barateia os produtos brasileiros em
dólar.
O crescimento das exportações
tem sido importante para que a
indústria nacional atravesse o
atual período de estagnação econômica no país.
(ANDRÉ SOLIANI)
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