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Mercado vê inflação maior para este ano
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O mercado continua cada vez
mais pessimista em relação às
perspectivas para a inflação deste
ano. Segundo pesquisa feita pelo
Banco Central entre bancos e empresas de consultoria, a expectativa é que a alta dos preços, medida
pelo IPCA, chegue a 8,07%.
Na semana passada, o mesmo
levantamento apontava para uma
inflação de 7,61%. Caso seja confirmada, a alta de 8,07% dos preços será a maior desde 1999, ano
da maxidesvalorização do real.
O IPCA (Índice de Preços ao
Consumidor Amplo) é o índice
usado como referência para as
metas de inflação do governo. Para este ano, o teto da meta é de
5,5%, e o BC já admitiu que ela
não deverá ser cumprida. O acordo com o FMI (Fundo Monetário
Internacional) prevê que o IPCA
de 2002 poderá chegar a 9%.
Para o ano que vem, a expectativa do mercado também é de alta
dos preços acima da meta de inflação. De acordo com a pesquisa
do BC, o IPCA deve subir 7,10%
em 2003, contra 6,62% do levantamento divulgado na semana
passada. O limite da meta de inflação é 6,5%.
O aumento da inflação reflete a
perspectiva de que o dólar não deve, pelo menos no curto prazo, ficar muito abaixo dos níveis
atuais. Segundo o BC, o mercado
espera que a moeda norte-americana feche o ano cotada a R$ 3,50
-na semana passada, projetava-se R$ 3,40.
O maior impacto da desvalorização do real, porém, é sentido
em outros índices de preços. O
mercado também aposta, por
exemplo, numa forte alta do IGP-M (Índice Geral de Preços do
Mercado).
Segundo o levantamento do
Banco Central, o índice deve registrar alta de 17,05% neste ano
-só em outubro, espera-se elevação de 2,90%.
O mercado também revisou para baixo suas projeções para o
crescimento da economia em
2003. Segundo a pesquisa do BC, a
taxa de crescimento esperada para o ano que vem recuou de 2,5%
para 2,1%. Para este ano, ainda se
espera crescimento de 1,25%.
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