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AÇÃO
Leia o trecho polêmico da ata
Confira trechos da ata do Copom que
mencionam a pressão do petróleo e a postergação de reajustes no mercado interno.
Item 21. Os preços do petróleo no mercado internacional, cuja escalada havia exibido algum arrefecimento, sofreram pressão altista adicional desde a reunião de setembro do Copom. Não só aumentaram
as cotações correntes e esperadas para o
curtíssimo prazo como ganhou força a
perspectiva de que os preços se sustentem
em patamares bastante elevados por um
período mais longo. O risco é magnificado
pela possibilidade de que, diante de uma
alta mais sustentada dos preços do petróleo cru, reduza-se também a defasagem
atípica que se observa agora no preço internacional da gasolina. No cenário doméstico, continua indefinida a trajetória
de realinhamento dos preços dos derivados de petróleo em relação às cotações internacionais, e aumenta a possibilidade de
que o impacto desse realinhamento, na
medida em que possa ser postergado, mas
não evitado, acabe contaminando mais
fortemente a inflação de 2005. Além disso,
uma mera protelação reduziria a eficácia
da política monetária, ao estender o período durante o qual os agentes privados
operam na expectativa de um choque inflacionário iminente, de magnitude incerta, requerendo taxas de juros nominais
mais elevadas para produzir uma mesma
taxa de juros real esperada.
Item 22. O Copom mantém em seu cenário básico a mesma projeção com que
vinha trabalhando para o aumento da gasolina em 2004, e para 2005 ainda trabalha, a esta altura, com as projeções do modelo endógeno de determinação do conjunto de preços administrados. A possibilidade de que os preços do petróleo resultem em condições mais adversas do que
essas tem sido cuidadosamente contemplada pelo Copom, mas continua sendo
tratada como um risco potencial, embora
cada vez mais grave, à concretização do
cenário básico. Em breve, o comitê produzirá projeções desagregadas para os preços da gasolina em 2005, assim como para
os demais preços administrados, e nesse
momento precisará avaliar em que medida circunstâncias mais adversas do mercado de petróleo deverão ser incorporadas diretamente às premissas do seu cenário básico de projeção.
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